Pacientes voltaram a ocupar os corredores do Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, na Zona Leste de Manaus. Ontem havia 39 nestas condições, por falta de vaga nas enfermarias, além de outros 53 aguardando transferência. Isso se deve principalmente a vírus respiratórios que estão circulando em Manaus no período chuvoso. Há acompanhantes dormindo embaixo da maca.
Na unidade, a maior da capital amazonense, há ainda 27 medicamentos com estoque zerado, 24 tipos de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME) inexistentes, e falta de Equipamento de Proteção Individual, como aventais descartáveis (50GM) e cirúrgicos (Estéril M/G). A demanda tem sido maior que o esperado. Alguns medicamentos estão em falta desde 2019, entre eles Nimodipina (15/01/2019), Isossorbida injetável (01/03/2019), Pancurônio (23/12/2020), Nitroprussiato (08/10/2021), Sinvastatina (12/03/2021) e Tenoxicam (17/09/2021).
Desde segunda-feira (06) no João Lúcio, o senhor José Pereira, 62, continua aguardando remoção para o Francisca Mendes e se diz apreensivo. “Estou aguardando remoção. Infartei e preciso de um novo cardio. Fiz dois stents (prótese colocada no interior de uma artéria para evitar a obstrução dos vasos sanguíneos) e é preciso verificar o que está acontecendo. Preciso de atendimento”, contou o paciente.
