OS CARAS DE ONTEM

11949569_907269616028114_1511912519_n
Talvez os caras pintadas dos anos 1990, co-responsáveis pelo impiechment do ex presidente Collor os tenham conhecido porém, não na dimensão que provocasse em cada jovem que viveu aquela época a reflexão e o engajamento necessários para que a partir dali, florescessem lideranças autênticas e preparadas capazes de criar uma nova consciência política nacional e que anos mais tarde, assumissem um papel de destaque no cenário político brasileiro outrora tão desgastado pelos maus exemplos, pelo mandonismo, pela corrupção e pelos desvios de conduta e de dinheiro público. Ao contrário, ficamos com o triste e não recomendável  exemplo do hoje Senador Lindemberg Farias, o mais famoso líder dos caras pintadas,  metido atualmente até o pescoço  com a justiça comum e eleitoral do seu estado por suposto cometimento de fraude e abuso eleitoral e desvio de recursos públicos na cidade onde foi prefeito.

Faço esse intróito para lembrar e relembrar, dar a conhecer ou reconhecer a todos quantos nos lêem, especialmente os mais jovens, e prestar uma justa e merecida homenagem a vários homens e mulheres que honraram e valorizaram suas passagens pela cena política brasileira, os quais foram responsáveis por fazerem deste país uma nação respeitada, socialmente mais justa e sobretudo pacificada ideológica e politicamente, pois foram os principais atores especialmente na travessia de um regime de exceção para a liberdade democrática que ainda experimentamos.

Quem não se lembra de Ulisses Guimarães, Pedro Simon, Tancredo Neves, Franco Montoro, Luiza Erundina, Paulo Brossard, Miguel Arraes, Irma Passoni, Sandra Cavalcanti, apenas pra citar os mais conhecidos, sem olvidar de tantos outros homens e mulheres igualmente envolvidos em transformar nosso Brasil num país liberto da opressão de uma ditadura cruel e retrógrada?

Hoje, desafortunadamente, temos que conviver com nomes do tipo Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Aecio Neves, Fernando Collor, Delcidio do Amaral, Jader Barbalho, Gleise Hoffman, Romero Jucá, Aluysio Nunes Ferreira, Agripino Maia, Edson Lobão, etc. envolvidos até o tucupi em escândalos de corrupção investigada pela operação lava a jato, sem esquecermos dos Josés, Dirceu, Jenoíno e Arruda da vida, de Antonio Palocci, de Pedro Corrêa, dos Joões, Vaccari e Paulo Cunha, e tantos outros, investigados, julgados, condenados e presos por corrupção no escândalo do mensalão e outras falcatruas.

No intervalo de tempo de 30 anos entre a  defenestração do Collor e o escândalo do mensalão e para  nossa felicidade, renovação  mesmo ocorreu apenas no âmbito do Ministério Público Federal, da Polícia Federal e da Justiça Federal com a ascensão de jovens, inteligentes, talentosos e preparados promotores, investigadores e juízes os quais com denodo, coragem e destemor estão passando o Brasil a limpo, coisa que nossos atuais políticos, os mais velhos e até os mais jovens já viciados e corrompidos pela máquina do poder, não têm preparo e nem tutano para modificar e preparar o país para o futuro tirando-o do caos político, social e econômico no qual está mergulhado.

Tenho a plena convicção de que a demonstração de maturidade e engajamento políticos demonstradas pelo povo brasileiro nas ruas e nas praças no dia 13 de março, haverão de servir de admoestação e chamamento para a responsabilidade daqueles que ainda teimam em se desviar dos caminhos da honestidade e dos bons propósitos e infelicitam nossa nação gerando empobrecimento,  caos social e econômico, desemprego, fome e até mortes.

Atualmente carecemos  dos bons e sábios conselhos e das rodadas de negociação daquela velha e honrada guarda da política brasileira dos anos 1980/90.

Miremo-nos pois nos belos exemplos de homens e mulheres públicas de outrora que souberam dignificar cada voto e cada escolha e pensaram mais no Brasil do que nos seus parentes e nos seus bolsos.

Té logo!

Sds Ronaldo Derzy Amazonas

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta