Não, a Rede Tiradentes não foi sacada da transmissão do Carnaval 2016. Na verdade, a empresa desistiu da empreitada por causa das dificuldades que enfrentou nos últimos dois anos. E não foram problemas técnicos, já que a emissora dispõe de moderníssimos equipamentos e não tem problemas de relacionamento com o mercado nem com os governos. O problemas são os dirigentes das escolas de samba, sempre eles.
Estes cidadãos costumam brigar muito entre si e com todos os envolvidos no desfile. Dificultam a não mas poder as coisas. Fazem exigências absurdas e não entregam, via de regra, um produto final adequado.
Nos últimos anos, o desfile vem se desenvolvendo ao sabor da política. Se uma escola tem apoio “extra”, bota um carnaval melhor na avenida. Senão, improvisa. Os dirigentes se negam a profissionalizar a festa, como ocorre no Rio de Janeiro, em São Paulo e outras capitais.
O Carnaval amazonense já foi o segundo do país e graças a isso o governo construiu o Sambódromo. Hoje, a praça de shows serve muito mais às empresas de eventos e às igrejas. Os barracões também construídos pelo governo para as escolas do grupo especial vivem abandonados. E quadras estão sendo construídas nos bairros apenas para as escolas que têm apoio político.
Enfim, um samba do crioulo doido.
A Rede Tiradentes preferiu desistir dessa loucura e a Rede Calderaro, que em outros tempos foi traída pelos mesmos dirigentes das escolas de samba, decidiu tentar transformar o evento num produto de qualidade.
Vai ser difícil…
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