Observatório da UEA identifica sentimento positivo do empresariado do PIM para 2017

Expectativa e esperança de melhora na produção do Polo Industrial de Manaus (PIM) ao longo de 2017, a partir do cálculo do índice de confiança do empresariado local; e comprovação de que a infraestrutura do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes pode ser expandida, a partir do seu terminal de cargas, a fim de ajudar no escoamento da produção regional, um eterno gargalo do setor. Esses são os primeiros sinais de resultados práticos do Observatório do PIM, um núcleo de pesquisa e projeto pioneiro desenvolvido pelos alunos de economia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e que já está colhendo bons frutos neste primeiro ano de funcionamento, completados oficialmente neste 1º de dezembro, com o reconhecimento do Conselho Regional de Economia (Corecon-AM).

São 15 os artigos, resumos e posters publicados em eventos nacionais e internacionais, como no Rio de Janeiro, em Maceió e em Sebastian, na Espanha, com 12 projetos de pesquisa em fase de desenvolvimento e duas medalhas no currículo (prata e bronze) na Gincana Nacional de Economia, promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon). Para a coordenadora do Curso de Economia da UEA, também coordenadora do projeto e conselheira consultiva do Corecon-AM, economista Fabiana Lucena, esses resultados são surpreendentes, principalmente, em se tratando de um curso que ainda não formou nem a sua primeira turma.

O Observatório do PIM surgiu para dar suporte ao curso de economia da UEA, sendo um importante fomentador de pesquisas na região, considerada muito carente nessa área, com estudos acadêmicos voltados para o Polo Industrial, partindo do princípio de que a universidade estadual é mantida com recursos oriundos do Distrito. “Nossa meta é ter sempre um projeto em andamento, escolhido pelo próprio aluno, mantendo um nível de pesquisa permanente, com o apoio não só da UEA, mas também da Suframa, do IBGE, da Fieam, da Cieam, para a coleta e tabulação de dados. E estamos seguindo nesse rumo, o que nos deixa muito orgulhosos”, declara a coordenadora, completando que ainda vêm muito mais resultados.

É que também estão em andamento projetos de destaque, como análises das crises econômicas no PIM, por meio da matriz ensino-pesquisa; estudo da eficiência do setor pesqueiro, com uma metodologia microeconômica; e nas áreas da economia e direito, um estudo da eficiência das leis trabalhistas, para se certificar se estão ou não protegendo os trabalhadores do Polo Industrial de Manaus.

Apoio no fomento à pesquisa

O presidente do Corecon, Nelson Azevedo, destaca que o Conselho apoia esse tipo de iniciativa, de fomentar a pesquisa entre os estudantes, que são os futuros economistas, e de trazer à tona gargalos da indústria local e, ao mesmo tempo, alternativas econômicas para o Amazonas, além do PIM. “Hoje, a economia do Amazonas é muito dependente do Polo Industrial. Portanto, todas as análises e acompanhamentos sobre esse assunto vão ao encontro das necessidades dos envolvidos. A contínua busca por alternativas econômicas também  é uma constante entre economistas e entidades locais. Acredito que o acompanhamento desses pontos muito irá contribuir  para a formação das próximas gerações de economistas”, afirma.

Um dos estudantes do projeto, Richard Cristian, 21, do 6º período, comemora os bons resultados do Observatório, ao mesmo tempo em que adverte que o Amazonas precisa elevar o seu potencial de pesquisa. “Ao participar desses eventos importantes, percebemos que o nível de pesquisa dos outros estados brasileiros é muito alto, o que nos estimula ainda mais no desenvolvimento dos estudos acadêmicos, principalmente, frente a nossa riqueza cultural e biodiversidade natural”. Já para Bruno Ruas, 23, também do 6º período, e um dos vencedores da Gincana Nacional de Economia, justifica a merecida premiação: “somente quando entramos em contato com os estudantes do restante do Brasil é que nos certificamos de que estamos no mesmo nível de concorrência, porque utilizamos os mesmo livros e materiais, sendo que a diferença é que eles têm mais oportunidades”.

E ainda vem muito mais por aí. Além de já terem um portal na internet, onde estão concentrados todos os estudos e pesquisas, o Observatório tem como metas ainda para este ano a elaboração do primeiro boletim, com performances e indicadores do Polo Industrial de Manaus; e a publicação de textos econômicos no portal, aberto à sociedade, como um canal de diálogo e debate permanente. “Um núcleo de pesquisa que só tem um ano e já rende tantos frutos. A UEA tem muito a crescer com essa bela iniciativa”, vislumbra a também professora do projeto, Elane Conceição de Oliveira.

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