O VISIONÁRIO

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Reproduzo aqui discurso que profiro hoje na Assembleia Legislativa, por ocasião de nossa homenagem aos 15 anos da Universidade do Estado do Amazonas.

Senhor presidente,

Senhora e senhores deputados,

Cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia

Minhas senhoras, meus senhores.

 

Poucos são os políticos que conseguem vislumbrar o futuro e fazer uma grande obra pensando nas futuras gerações.

Poucos são aqueles que olham o Estado não apenas como uma máquina administrativa, mas também como uma alavanca propulsora do desenvolvimento de um povo.

Menos ainda são os que conseguiram sair da mesmice do dia-a-dia, da mesquinhez da discussão política, e fazer uma revolução por meio da educação.

De certo que o Brasil já testemunhou algumas experiências pretensamente revolucionárias, como a criação dos famosos Cieps no Rio de Janeiro, um projeto do então governador Leonel Brizola que algum tempo mais tarde transformaria-se no que hoje conhecemos como escolas de tempo integral.

Hoje temos aqui entre nós um desses idealistas. Um desses humanistas. Um dos governantes que ousou apostar na educação, sonhou e executou um projeto audacioso, de uma Universidade Estadual com todo equipamento e estrutura para formar as novas gerações, aqui na capital e no interior do Estado.

É claro que estou me referindo a sua excelência o ex-governador do Amazonas e ex-prefeito de Manaus, Amazonino Armando Mendes, aqui presente.

Mas quero ressaltar aqui que minha homenagem hoje não vai para o maior vencedor de eleições que este Estado já conheceu.

Também não me refiro ao homem que fez o Festival de Parintins, nossa maior festa, explodir para o mundo.

Quero por alguns instantes esquecer o político carismático, amado por seus eleitores e invejado pelos adversários.

O que pretendo ressaltar neste pronunciamento é a figura do estadistas que foi o idealizador e criador da Universidade do Estado do Amazonas, há mais de quinze anos.

No início deste ano eu conversava com um amigo, que me contou de sua torcida para que seu filho fosse aprovado no vestibular da UEA. Eu o questionei: Mas todo pai que eu conheço quer o filho na Ufam, a gloriosa Universidade Federal do Amazonas. E ele me recomendou que pesquisasse mais para constatar que a excelência de alguns cursos da nossa Universidade estavam mudando a opinião de pais e alunos.

Este diálogo que tive na semana passada mostra que Amazonino não apenas vislumbrou o futuro, mas também, e principalmente, construiu uma Universidade possível, de qualidade, com vocação regional.

A UEA é a maior obra deste homem porque ela interfere diretamente no nosso desenvolvimento e na formação de nossos jovens. E olhe que eu estou falando de alguém que construiu muito. Fez escolas, hospitais, os Caimis, os Caiques, o Bumbódromo em Parintins, a BR-174 até Figueiredo e outras tantas obras.

A UEA é o maior patrimônio do povo amazonense hoje. Até porque é ela que ajuda nossas novas gerações a entender a importância de preservar a nossa cobertura vegetal. E é ela que forma nossos bacharéis, uma gente que poderia estar desmatando ao invés de estudar e ganhar uma profissão honrada.

A abrangência da UEA é enorme e a importância de sua criação fundamental para marcar uma nova era no Amazonas.

Vossa Excelência conseguiu enxergar isso. Conseguiu vislumbrar esse novo tempo, que a UEA criaria.

Quantos profissionais não devem a esse visionário a carreira que trilham agora?

Quantos pais não têm o peito cheio de orgulho por ver os filhos formados, profissionais de excelência?

Quantos cidadãos não foram ajudados ou tiveram acesso a serviços oferecidos pelos bacharéis forjados na UEA?

Já lá se vão 15 anos de tantos outros que virão pela frente.

Já estão no mercado centenas de profissionais formados nesta escola superior, de tantos que ainda se formarão em suas salas.

Pode-se dividir a história do Amazonas entre antes e depois da criação da UEA. Ouso dizer que até mais do que antes e depois da Zona Franca de Manaus.

Até porque, apesar de todos os esforços de nossas lideranças, ainda não conseguimos perenizar a Zona Franca, mas a UEA é uma obra perene.

Nada mais justo, portanto, que prestar uma homenagem a quem ousou, a quem teve a coragem de fazer o que a maioria dos Estados brasileiros jamais fará.

Governador Amazonino Mendes, receba o meu abraço, saiba da minha admiração e tenha certeza de que seu nome está escrito com letras maiúsculas na história deste Estado, graças principalmente à ousadia de criar a nossa Universidade do Estado do Amazonas.

Tenho dito.

 

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