Circula nas redes sociais e aplicativos a versão de que a secretária municipal de Ação Social, Goreth Garcia, teria sido humilhada pelo prefeito Arthur Neto recentemente, quando ele decidiu se separar dela. Não é bem essa a experiência que este blogueiro vivenciou em 2014, às vésperas da eleição estadual.

Naquele dia, eu estava sentado em uma mesa do restaurante Domus, no Vieiralves, na companhia de dois amigos, quando o prefeito me abordou e pediu para conversar. Assenti e fomos os dois para um reservado.

Não houve agressão, como muito se especulou na época. O que aconteceu foi um diálogo ríspido e rápido, iniciado por ele da seguinte forma: “Toda vez que você fala da minha mulher no seu blog eu fico a ponto de te caçar na cidade para tirar satisfação. Me critique, critique meu governo, faça até chacota se quiser comigo e com meus secretários, mas não mexa com a minha esposa”. Eu tentei argumentar que não a ofendi, mas ele estava tão irado que o diálogo não continuou.

Arthur é faixa vermelha de jiu-jitsu. Se quisesse, tinha me agredido ali e eu, mesmo pesando quase três vezes o peso dele, teria muito poucas chances de reagir. O mesmo eu digo em relação a Goreth. Se ele a houvesse humilhado ou agredido, certamente ela estaria agora em algum hospital.

Um homem que procede do jeito que ele procedeu para defender a esposa não faria, a meu ver, o que andam dizendo por aí.

Talvez agora os maledicentes entendam por que eu não prestei queixa contra ele na época. Também sou casado e faria o mesmo se alguém ofendesse minha esposa. Tiraria satisfações. O erro dele foi confundir as coisas na época. Quem a ofendeu foi o editor de uma fanpage, que disseram a ele se tratar de uma propriedade minha. Não era. Não é.