“O Delphina está pronto, mas precisa funcionar”, diz deputado

Em fiscalização ao Hospital e Pronto-Socorro Delphina Abidel Aziz, na Colônia Terra Nova, Zona Norte, na manhã desta sexta-feira (17), o deputado José Ricardo Wendling (PT) encontrou uma grande estrutura, administrada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) desde julho de 2014, mas que precisa funcionar plenamente o mais rápido possível. O pronto-socorro atende crianças e adultos, uma média de 16 mil/mês, mas não tem Unidade de Terapia Intensiva (UTI) própria, porque não realiza cirurgias mais complexas. Aguarda, porém, a inauguração do hospital, anexo à unidade, que está totalmente estruturado desde o ano passado, com capacidade para mais de 370 leitos de internação, incluindo 50 de UTI e onze salas cirúrgicas, mas essa definição está dependendo do Governo do Estado.

“A população está precisando de mais atendimento na saúde, principalmente, para aquela zona da cidade. Vimos um hospital totalmente equipado, com onze salas aparelhadas para realização de procedimentos cirúrgicos, com 50 leitos de UTI, mas que ainda não está aberto à sociedade. Isso porque o Governo está demorando para definir quando irá funcionar e que tipo de atendimento e especialidades serão oferecidas. Está faltando vontade política. Afinal, são investimentos de mais de R$ 2 bilhões  ao longo de 20 anos, de iniciativa público-privada, e que deve atuar plenamente o mais rápido possível no sistema de saúde”, afirmou o deputado, ressaltando que irá cobrar do Estado providências urgentes.

Hoje, quem chega a esse pronto-socorro recebe os primeiros atendimentos de urgência e emergência na área de clínica médica, da pediatria e da cirurgia geral, com suporte de 63 leitos para internação. Casos mais graves, de alta complexidade, como de ortopedia, neurologia e cardiologia, são encaminhados para os prontos-socorros de referência, com o apoio de duas ambulâncias, mas somente quando encontram vagas nas outras unidades de saúde. “No momento da visita, encontramos uma mãe desesperada porque o filho de seis anos precisava de uma UTI. Ele estava na sala de emergência, segundo a direção, recebendo todo o atendimento devido. Mas ainda não tinha sido removido para o local mais adequado, uma Unidade de Terapia Intensiva, porque não havia vagas nos outros hospitais infantis. Por isso, a urgente necessidade do governador colocar o hospital em anexo para funcionar”.

No Delphina Aziz também são realizados exames de imagens mais complexos, como de tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas eletivas, mas tudo marcado via Sisreg. “A própria direção informou que o Centro de Diagnóstico é apenas executante do sistema do Estado. São os mesmos pacientes que esperam por meses e até anos para realizar seus exames. Conversamos com uma pessoa que estava há oito meses esperando. Muito tempo de espera. Se tiver que morrer, morre e não consegue completar o seu tratamento. Vamos continuar visitando e fiscalizando os hospitais e cobrando melhorias no atendimento. Saúde é um direito fundamental de todo cidadão e cidadã”, completou.

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