Enquanto Brasília inteira se movimentava em função da votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Roussef, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, comandava, na quarta-feira (13) um novo leilão de concessões para construção de 3.402 Km de linhas de transmissão, que vão resultar em investimentos previstos de R$ 6,9 bilhões.
“O resultado desse leilão é muito emblemático porque fazer isso quando nós estamos às vésperas de um processo da gravidade do que nós estamos no domingo (sobre a admissibilidade do processo de impeachment) é uma demonstração inequívoca da confiança do empreendedor, do investidor, do mercado, naquilo que nós estamos estruturando no setor elétrico. Recursos da iniciativa privada, no montante de R$ 6,9 bilhões, foram comprometidos num leilão, na véspera da apreciação pela Câmara”, avaliou Braga.
No certame, foram leiloados 14 lotes. Ele disse acreditar que se o momento político fosse outro, a participação dos investidores no leilão teria sido ainda maior, pois dos 24 lotes colocados em leilão, apenas três não tinham sido objeto de depósito de garantias. Sua avaliação é de que vencedores de alguns projetos optaram por não aumentar sua exposição e não participaram dos sete lotes para os quais haviam depositado garantias.
“As empresas bidaram aquilo que foi melhor avaliado como resultado econômico financeiros. Quando ele disse, ‘bem, esse volume adicional aqui pode me colocar em algum risco se acontecer alguma coisa, eu vou aguardar pra dar um passo mais à frente’”, exemplificou Braga.
Mas essa retração não diminuiu a relevância do leilão, segundo o ministro. “A confiança é tão grande que isso representou um volume de investimentos da ordem de R$ 7 bilhões. Pra você ter uma ideia de como o número não é inexpressivo, no ano passado, o total de investimento em linhas de transmissão no Brasil foi R$ 14 bilhões. Então, nesse leilão, nós já alcançamos 50% do volume que nós investimentos no ano passado”, disse.
Essa confiança, na opinião do ministro, foi construída com muito diálogo, como caminho para superar a crise grave que afetou o setor. “Talvez uma das marcas mais profundas desse um ano e quatro meses em que nós estamos no Ministério foi o diálogo. Seja com o setor, seja com a imprensa, seja com investidores, seja com entidades de classe, seja com sindicatos, nós construímos isso com diálogo”, avalia Braga.
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