No discurso de posse, “cutucada” na Assembleia, retomada do velho estilo e recado a quem não votou

No discurso de posse, o governador Amazonino Mendes (PDT) mostrou que não está muito disposto a contemporizar com o grupo de deputados que comanda a Casa. “Governo que não respeita a Assembleia Legislativa não procede bem. Mas Assembleia que não respeita o governo também”, disse ele, logo no início do pronunciamento.Depois de falar, ele cumprimentou todos os membros da Mesa, menos o presidente Abdala Fraxe (Podemos).

No restante do pronunciamento, foi o velho Amazonino, tanto nas palavras que usou quanto no gestual. Afirmou que será “o governador de todos os amazonenses, de forma equilibrada e justa”. Cutucou os adversários, ao citar Confúcio. “Alguém lhe perguntou se deveria pagar o mau com o bem e ele lhe perguntou: ‘e o bem, como se paga?”. As pessoas que lhe fizerem o bem tornam-se donas de você”, disse ele.

O veterano político também não fugiu do tema “votos nulos e brancos”. Condenou os que tentm diminuir sua vitória com este argumento e disse que o fenômeno de absteções e votos nulos e brancos ocorreria em qualquer lugar do país. “Isso é uma sinalização do povo, mas os políticos não exterminaram com o país. Muitos sentem-se livres agora para romper os grilhões (do sistema adotado no país). Isto foi um ato de esperança não um ato para se reprimir. Vamos lutar juntos e trabalhar pelo nosso povo”, disse ele, insunuando que também participava do status quo, mas agora vive novo momento.

O único aliado citado no discurso foi o vice-governador Bosco Saraiva (PSDB). O prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) e o senador Omar Aziz (PSD), principal patrono da candidatura, não foram citados nem se fizeram presentes à solenidade.

Nas galerias, os populares que prestigiaram a posse, arregimentados por assessores, aplaudiram muito o goernador e o vice, mas vaiaram os deputados que se opõem a eles.

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