Para tentar salvar o restante do mandato que lhe resta e sem ter mais uma reputação a zelar, o presidente Michel Temer fez uma manobra das mais temerárias para o Amazonas: cedeu às pressões do ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira – outro envolvido na Lava Jato – e entregou ao PRB, dirigido por ele, e ao PSD, do senador Omar Aziz, a direção da Superintendência da Zona Franca de Manaus, justamente no momento em que a autarquia recebe uma forte injeção de recursos por conta da aprovação do projeto que restabeleceu a cobrança de taxas.
A expectativa é que a Suframa administre a partir de agora cerca de R$ 200 milhões anuais. Temer resolveu tirar essa dinheirama das mãos de Rebecca Garcia, que assumiu a autarquia em seu momento mais delicado e a saneou, acabando com os conflitos internos. Também “puniu” o senador Eduardo Braga, seu correligionário, mas alinhado com os “opositores” do PMDB, comandados por Renan Calheiros. O parlamentar do Amazonas, assim como a deputada Conceição Sampaio, correligionária de Rebecca no PP, têm dado declarações contra as reformas da Previdência e Trabalhista.
O novo titular da Suframa será o advogado Appio Tolentino (foto), indicado pelo senador Omar Aziz, de quem foi secretário executivo de Planejamento. O problema é que os superintendentes adjuntos serão a advogada Paula Andrea Kanzler Soares (Projetos), e Bruno Monteiro (Operações). Ela é esposa do coronel PM Amadeu Soares, que foi candidato a vice-prefeito na chapa do deputado Silas Câmara nas eleições para prefeito de Manaus em 2016; ele vem da Amazonastur, órgão estadual de turismo transformado em cabide de emprego por Câmara e seus irmãos da Assembleia de Deus.
Silas Câmara, que afirmou pretender disputar o Governo do Estado na eleição suplementar de agosto com o mesmo Amadeu de vice, é um dos deputados amazonenses que mais responde a processos. No ano passado, foi condenado por falsidade ideológica, mas não teve que cumprir a pena porque o crime estava prescrito. Seu histórico, entretanto, é dos mais turbulentos e a forma como administra os órgãos colocados em sua esfera de influência, como a Amazonastur, a Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiência e a extinta Ouvidoria do Estado, causam calafrios nos funcionários da Suframa.
O “vale tudo” de Temer para se manter no mandato pode ser péssimo para o Amazonas.
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Este post tem um comentário
O satanás nunca dorme. O estelionatário e condenado pela prática deste crime o pastor da Igreja Assembleia de Deus Silas Câmara, junto com outros políticos do Estado do Amazonas dentre eles o senador da ped. Omar Aziz mexeram os pauzinhos e conseguiram colocar as mãos e os bolsos na SUFRAMA. Agora a derrocada do AMAZONAS chega pelo controle destes sangue sugas deste banco evangélico que só enxergam o DINHEIRO E O PODER. Que o DEUS PERDOE ESTES IMUNDOS AMÉM.