Nejmi Aziz vira alvo de investigação de órgão de inteligência do Ministério da Fazenda

Deu na Folha de S. Paulo, o maior jornal do país, na edição de hoje. Veja e tire suas conclusões:

Mulher de ex-governador do Amazonas é investigada

RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA

Uma empresa sem funcionários, cujo endereço se confunde com o de uma escola, chamou a atenção do Coaf (órgão de inteligência do Ministério da Fazenda). A firma é registrada em nome de Nejmi Aziz, mulher do ex-governador do Amazonas, senador Omar Aziz (PSD), e de seus filhos.

Em 2014, a ENE Empreendimentos e Participações recebeu depósito de R$ 4,9 milhões, movimentação considerada “atípica” pelo órgão.

Segundo relatório do Coaf encaminhado à Polícia Federal, a empresa indicou como origem dos recursos a venda de imóveis. Porém, surgiram dúvidas sobre as operações, que seriam “incompatíveis com o ramo de atividade”.

Segundo o relatório, a ENE possuía como procurador um servidor público lotado, pelo menos até 2014, na Secretaria de Governo da Prefeitura de Manaus, onde receberia salário de R$ 13 mil brutos.

Embora tivesse como endereço de residência um conjunto de apartamentos “para pessoas carentes financiado pelo governo estadual”, o servidor movimentou R$ 5,9 milhões entre saques e depósitos somente em 2013.

O mesmo servidor atuou como “interveniente” da maior transação da ENE. Em fevereiro de 2014, a companhia recebeu R$ 4,9 milhões da empresa Civilcorp Incorporações, que na época tinha como sócio Albano Máximo Neto.

Ele chegou a ser investigado por fraude na desapropriação de um terreno adquirido por outra empresa sua propriedade por R$ 400 mil e vendido meses depois por R$ 13 milhões, mas foi absolvido.

OUTRO LADO

Contatada na quinta (13), a assessoria de Omar Aziz afirmou que não conseguiu localizar o parlamentar e sua mulher até o início da noite de sexta (14).

O sócio que permanece no controle da Civilcorp, Adriano Pereira, afirma que o depósito de R$ 4,9 milhões efetuado na conta da ENE foi “uma transação imobiliária” pela qual a empresa adquiriu um terreno da ENE. “É uma transação lícita, tranquila”, diz.

O empresário Albano Máximo Neto não foi localizado pela reportagem.

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