Mini usinas de oxigênio se espalham pelos municípios, mas ainda há problemas nos menores

Itacoatiara, município que fica a 276 quilômetros de Manaus e é o mais populoso do interior do Amazonas, passou a contar, no último sábado (06), com duas miniusinas para a produção independente de oxigênio medicinal. Juntas, elas têm capacidade para gerar 1.128 metros cúbicos (m³) do insumo. Em todo o estado, já são 22 equipamentos instalados, produzindo 10.128 m³ do produto. A meta é chegar a 69 unidades instaladas, principalmente porque o problema está concentrado agora nos menores municípios.

A ação faz parte da estratégia para a ampliação da oferta de oxigenoterapia e de tratamento especializado, em especial para os pacientes acometidos pela Covid-19. As usinas foram instaladas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), com o acompanhamento de equipe técnica das respectivas fabricantes. Uma delas foi disponibilizada pela Prefeitura de Itacoatiara, e a outra foi doada pelo movimento filantrópico SOS Amazonas. Ambas foram instaladas no Hospital Regional de Itacoatiara.

A programação elaborada com o apoio do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia prevê ainda a instalação de mais um equipamento no município. Ele atenderá ao público da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Itacoatiara e foi doado pela União BR.

A aquisição e instalação de miniusinas está prevista no Plano de Contingência traçado de forma conjunta entre os Governos do Amazonas e Federal. Além das que já foram doadas ou adquiridas pelas prefeituras, a estratégia contará com o reforço de outros 30 equipamentos, em fase final de aquisição pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM).

As usinas permitirão, por exemplo, a abertura de novos leitos pela SES, para o tratamento da Covid-19. Serão 350 só na capital, sendo 100 deles leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Além de Itacoatiara,  contam com miniusinas independentes as unidades hospitalares: Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Platão Araújo (1), Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV – 1), Enfermaria de Campanha do Delphina Aziz (2), Fundação do Coração Francisca Mendes (1), HPS João Lúcio (1), Maternidade Azilda Marreiros (1), Hospital Regional de Parintins (2), Hospital de Maués (2), SPA da Redenção (1), Hospital de Campanha de Manacapuru, (1), Instituto da Criança do Amazonas (Icam – 1), Hospital Nilton Lins (1), Hospital Regional de Coari (1), Hospital Regional de Humaitá (1), UPA Tabatinga (1) e Hospital Adventista de Manaus (2). Apenas este último faz parte da rede privada.

A meta do governo, com o incremento da tecnologia, é redirecionar o insumo aos hospitais que enfrentam maior pressão no consumo, em função do aumento no número de pacientes internados.

Atualmente, a oferta diária às unidades de saúde, incluindo as redes pública e privada, é superior a 86 mil metros cúbicos/dia. A expectativa é chegue a 130 mil metros cúbicos nos próximos dias, conforme o titular da SES-AM, Marcellus Campêlo.

FOTO: Rodrigo Santos

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