Todo mundo no meio político sabe que o coronel James Frota, até aqui comandante do interior, é, entre todos os oficiais da mais alta patente da Polícia Militar, aquele mais próximo do governador José Melo. Tanto assim que foi o principal responsável pela campanha dele fora da capital. Hoje, finalmente, o militar chegou ao posto máximo da corporação.
O coronel Gilberto Gouveia tem talvez o melhor currículo entre todos os coronéis da ativa, mas perdeu o cargo para ele mesmo. A vaidade exacerbada e a incapacidade de agir em grupo com o secretário de Segurança e o delegado geral acabaram minando seu comando, que chega ao fim sem avançar em praticamente nada.
Sobre Frota não pesa a expectativa que pesava sobre Gouveia. Trata-se de um oficial simpático, porém tradicional, sem grandes compromissos com a modernização da tropa. Seu principal trunfo é justamente a intimidade e a lealdade a Melo. Só ele poderia assumir o posto neste momento, já que a saída do agora ex-comandante não agradava a primeira dama Edilene Melo Gomes, que tem grande influência no governo. Para evitar uma “rebelião” em casa, o governador usou o mais convencível dos argumentos: estava colocando no cargo alguém da sua relação pessoal. Isso convence qualquer esposa.
Frota terá agora uma missão árdua: conter a tropa, insatisfeita com as promoções que não vieram.
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A saída do Cel Gouvêa do Comando da PM, apesar de toda sua qualificação técnica, tem uma explicação simples: a escolha dos oficiais que o assessoraram durante o seu comando. Citemos primeiramente a escolha de seu chefe de gabinete, Ten Cel Marcos Brandão. Oficial que foi preso pela Juíza de Manacapuru durante as eleições de 2012, por estar interferindo no processo eleitoral daquele município. Além de ter o veículo envolvido na misteriosa morte do delegado Oscar Cardoso. Marcos Brandão também é notório pelo consumo excessivo de álcool e substâncias “suspeitas”.. Diante de tantos predicados, será que esse oficial é um bom chefe de gabinete ?
Além desse ébrio oficial, colocou Coronel Escossio como seu subcomandante, oficial altamente arrogante, que olha para praças e oficiais subalternos com profundo desprezo, ou seja, altamente antisocial e nada agregador. Colocou ainda Maj Franciney Bó, como oficial adjunto de Operações, ligado a Amazonino Mendes, e delator dos que fizeram campanha pro Governador José Melo. Pra quem será que ele trabalha ? E pra finalizar, como golpe de misericórdia, Gouvêa colocou Maj Vinícius na Diretoria de Tecnologia da PM, oficial “empresário”, conhecido por chefiar empresa de segurança e vender policiamento para outros empresários, colocar policiamento em comércios e postos de gasolina por uma “modesta” contribuição pecuniária. Ou seja, o Coronel Gouvêa pediu pra sair colocando esse time de oficiais tão “especial” para assessorá-lo. O resultado foi previsível: a queda prematura do comando.