Eu não queria estar na pele do governador José Melo. Além de administrar uma crise monumental, que corrói a arrecadação estadual, ele ainda tem que contornar uma herança maldita deixada por seu antecessor, Omar Aziz, em vários setores. Na educação, por exemplo, o desafio é recuperar os índices. E na segurança, desfazer a bagunça deixada por uma gestão desastrosa.
Os achados ontem da busca realizada pelas Polícias e pelo Exército no maior presídio do Estado mostram que, nos últimos anos, não houve um efetivo combate à criminalidade, apenas uma maquiagem chamada Ronda nos Bairros, hoje caindo pelas tabelas. Os bandidos se sentiam tão à vontade que construíram quartos nababescos (foto acima), que a maioria da população não tem condições de construir, e ainda obtiveram apoio da Vara de Execuções Criminais e do próprio secretário de Justiça para manter suas regalias.
O delegado Sérgio Fontes tem se desdobrado para dar conta de tentar botar ordem numa casa absolutamente bagunçada. Que o digam os 37 assassinatos de duas semanas atrás.
Não, essas situações não surgiram agora. São fruto de quatro anos de prioridades invertidas e propaganda enganosa.
O pior é que Melo não pode desabafar…
Compartilhe isso:
- Clique para compartilhar no WhatsApp(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Telegram(abre em nova janela)
- Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)