Manifestantes pedem apreciação do impeachment, mas Cidade diz que assunto é complexo

Um grupo formado por motoristas de aplicativo, moto taxistas, professores de educação física e vendedores ambulantes, junto com o presidente do Sindicato dos Médicos, Mario Vianna, promoveu uma manifestação hoje em frente à Assembleia Legislativa, logo nas primeiras horas da manhã. Eles queriam que os deputados apreciassem os cinco pedidos de impeachment do governador Wilson Lima (PSC) que foram apresentados à Casa. O presidente Roberto Cidade (PV) os recebeu e disse que consideraria o pedido, mas deixou claro que se trata de um assunto complexo.

Os manifestantes chegaram a afirmar que os deputados não apreciavam o impeachment porque “está rolando dinheiro”. Eles alegam que existem motivos de sobra para o afastamento do governador, como mortes por falta de oxigênio em hospitais e até o alto preço da gasolina, que não é de responsabilidade dele.

“Não é um processo simples. Estou na presidência há 16 dias e a Procuradoria da Casa está estudando os pedidos para nos orientar”, disse ele, prevendo para ainda este mês um parecer.

Os deputados oposicionistas Wilker Barreto (Podemos ) e Delegado Péricles (PSL) acompanharam os manifestantes. O presidente convocou os demais para uma reunião híbrida ainda hoje.

Sem voto

O blog apurou que o grupo de 16 deputados que garantiu a eleição de Cidade e a condução do ex-presidente Josué Neto (Patriota) ao Tribunal de Contas do Estado está rachado. Pelo menos quatro deputados já não de alinham em oposição ao governador Wilson Lima. Para aprovar o processo de impeachment é necessário o voto de dois terços da Casa – justamente 16. O presidente enxerga nisso um empecilho para dar prosseguimento ao processo. Seria um novo desgaste para a Assembleia, que já arquivou o primeiro pedido.

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