Mães da Compensa pedem socorro às autoridades e acusam filho de Zé Roberto de promover matança

Mães de jovens moradores do bairro da Compensa estão distribuindo uma mensagem, via aplicativos de conversa, pedindo socorro ao secretário de Segurança, Bosco Saraiva (SD). “O tráfico de drogas está acabando com nossos jovens. Todo dia tem homicídio. Nem no tempo do Zé Roberto era assim, mas agora o filho dele manda matar todo mundo”, diz o texto, que refere-se a Luciano Fernandes, filho de José Roberto Fernandes, ambos traficantes condenados.

Zé Roberto, a quem as mães chamam de “Rei da Compensa”, está preso em um presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Luciano, conhecido como L7, está detido no Instituto Penal Antonio Trindade, em Manaus. De lá tem comandado as ações da facção fundada pelo pai, a Família do Norte.

As mães pedem que as autoridades providenciem a transferência de Luciano L7 para um presídio federal, junto com seus principais aliados, o primo Thiago Fernandes Soriano, o “Alemão”; Francisco Sidney Marques Carioca, conhecido como “Neyzinho”, sobrinho do também traficante preso em presídio federal, João Pinto Carioca, o João Branco e Maria Cléia Fernandes Barbosa, irmã de Zé Roberto e mãe de “Neyzinho”, que seria ponte entre o irmão e o sobrinho.

Segundo as mães, são estas pessoas que estão comandando a matança que tem ocorrido na cidade nos últimos meses. “Se transferirem essas pessoas para um presídio federal, os homicídios em Manaus vão diminuir. Tem uma lista enorme para morrer e eles vão executar”, afirmam as mães, que evidentemente não assinam a mensagem, com medo de represálias.

Elas ainda acusam outro irmão de Zé Roberto, Charles Rodrigues, o “Bebê”, de também servir como ponte para levar aos pistoleiros as ordens para a matança.

As mães revelam os apelidos daqueles que seriam os pistoleiros da facção, que estariam agindo na cidade: Jonas “Batora”. Adriano “Porocado”, “Foguete”, Keneddy “Panda”, Igor “Gêmeo”,  e Adriano “Pó Compacto”.

No fim da mensagem, as mães admitem o envolvimento dos próprios filhos no crime. “Eles não prestavam, mas deveriam estar presos e não mortos. Somos mães e temos sentimento”. E relacionam os apelidos de 12 pessoas assassinadas nos últimos dias, possivelmente a mando de Luciano L7.

São eles: Éder “Preguiça”, “Urubu”, “Mussum”, “Bob”, “Negão”, “Gugu”, “Elielton”, “Esteban”, “Frank”, “Sonobrega”, “Lancha” e “Tiaguinho”. Todos seriam moradores da Compensa.

A guerra de facções ocorre há algum tempo em Manaus e foi a principal causa do massacre ocorrido em janeiro do ano passado no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, quando 56 presos ligados ao Primeiro Comando da Capital, o PCC, foram mortos por integrantes da Família do Norte, associada ao Comando Vermelho.

 

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