Madrinhas e padrinhos afetivos fazem importante trabalho no abrigo Moacyr Alves

Doar-se sem pedir nada em troca é o perfil de mulheres e homens do Projeto “Madrinhas e Padrinhos Afetivos” que desenvolvem todos os sábados no Abrigo Moacyr Alves atividades de voluntariado, “adotando as crianças e adolescentes por um dia”, concedendo a elas amor, carinho e atenção. Além dos voluntários, os cuidadores que diariamente assistem as 64 crianças e adolescentes acolhidos pelo Abrigo, desenvolvem um trabalho que vai além das atividades rotineiras da instituição.

Com a suspensão das atividades externas, devido às restrições causadas pela pandemia da COVID-19, foi necessário diminuir a frequência das programações do projeto, inclusive a homenagem às mães, realizada todos os anos no Abrigo Moacyr Alves.

Para Claudete Ciarlini, diretora do Abrigo Moacyr Alves, a data do Dia das Mães é o momento que a instituição aproveita para agradecer todo o apoio recebido dos cuidadores, voluntários e participantes do Projeto “Madrinhas e Padrinhos Afetivos”.

“Todos os anos promovemos uma festa muito bonita valorizando a figura materna que aqui na instituição é representada por nossas colaboradoras e voluntárias do Projeto. Neste ano, devido à pandemia, não será possível reunir todas as participantes, mas queremos agradecer todo o apoio concedido às crianças”, destacou a diretora.

E essa relação materna, cresceu tanto que Edinês Oliveira, uma das Madrinhas Afetivas, tomou a decisão em dezembro de 2016, de adotar de forma efetiva o pré-adolescente Alexandre da Silva, atualmente com 13 anos. Mãe de duas meninas, Edinês falou que o amor foi crescendo com o passar dos dias, transformando em certeza a decisão de adotar Alexandre.

“Nossa vida mudou bastante, e mudou para melhor. O Raí (meu marido e pai adotivo do Alexandre) já tinha um filho e a doação do “Xande” complementou nossa família, trazendo mais alegria para cada um de nós”, ressaltou Edinês, lembrando que a adoção não é um gesto de caridade, na verdade representa a essência do amor, a característica principal de uma família.

“Adoção é uma doação. Adotar uma criança significa dar-lhe amor, atenção e uma oportunidade de ter uma vida digna de um ser humano. Gostaria que todos pudessem desfrutar das mesmas oportunidades que, eu como coordenadora, tenho em poder ver a alegria que essas crianças sentem quando chega o dia em que os pais adotivos por um dia vêm ao abrigo participar das programações do projeto”, explicou a Coordenadora do Projeto, Mariza Silvestre Costa.

Sobre o Projeto

O Projeto “Madrinhas e Padrinhos Afetivos” surgiu da necessidade de preencher os horários ociosos das crianças e adolescentes do abrigo e, ainda, proporcionar atividades internas com programações festivas e passeios externos na cidade de Manaus, nas quais os voluntários podem dar atenção exclusiva a essas crianças. Atualmente, o programa conta com cerca de 30 pessoas, de vários segmentos da sociedade.

Para torna-se uma Madrinha ou Padrinho Afetivo é fundamental que o voluntário participe por algum tempo das atividades e possa verificar se deseja realmente tornar-se parte da equipe. Após esse período de adaptação, o mesmo efetua um cadastro e passa por entrevistas com os setores de Serviço Social e Psicologia. No momento, devido à pandemia da COVID-19, não estão abertas novas inscrições para o projeto.

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