Por Carlos Santiago*
Acordei cedo e fui tomar café numa padaria perto de casa. Lá encontrei dois amigos fortões que são donos de oficinas mecânicas. Logo me chamaram à mesa onde estavam comendo e lendo jornais. Quando sentei, eles começaram a defender um candidato à presidência da República, dizendo o seguinte: “todo cidadão de bem tem que possuir armas mesmo”; “um preto não pode ter mais direito que um branco, somos iguais; “ a mulher não pode ganhar como um homem”.
Fiquei calado ouvindo as narrativas. Depois que acalmaram os ânimos, lhes disse: “gosto de muito de vocês queridos e prefiro falar daquilo que nos unem”. Dali pra frente, conversamos quase uma hora sobre a época das nossas juventudes e das nossas famílias. No final, eles fizeram questão de pagar o meu café da manhã. Saímos do local sorridentes e cada um foi pro seu trabalho.
Depois fiquei pensando: não devemos brigar com amigos por causa de política e nem com pessoas que estão carentes de afetos e que usam a política pra extravasar.
*O autor é sociólogo, advogado e analista político
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