O Juiz de Direito Plantonista Roberto Santos Taketomi (foto), da Central de Plantão Cível da Comarca de Manaus, obrigou o Portal Holofote Manaus a tirar do ar uma publicação que mostrava as viagens feitas pela Secretária de Educação de Manaus, Kátia Helena Serafina Cruz Schweickardt, durante o ano e meio em que está no cargo. Diferentemente do que ocorre com os servidores comuns da Semed, a publicação mostrava a titular da pasta em viagens feitas a Nova Iorque, Miami, Chile, Santa Catarina, Minas Gerais e assim por diante, mesmo sem ter férias acumuladas.
A denúncia foi feita por um servidor da Semed que preferiu não se identificar por medo de represália. O servidor denunciou: “Percebi que a mesma vive viajando mesmo sem férias adquiridas. Eu não consigo entender como isso acontece, pois se ela entrou na SEMED em março de 2015, somente poderia tirar férias 12 meses depois. Porque ela pode tirar férias todos os meses?”.
Kátia Serafina foi nomeada como Secretária da Semed no dia 20 de Março de 2015, de acordo com o Diário Oficial do Município. Já como titular da pasta, a secretária fez viagens nos meses de junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2015 e janeiro e abril de 2016. Todas as viagens foram comprovadas pela reportagem do Portal Holofote Manaus através de check-in’s feitos em cidades do Brasil e de outros países pela própria secretária na rede social Facebook.
A publicação que denunciava as viagens foi retirada do ar na manhã desta quinta-feira (02), minutos após um dos representantes do portal tomar ciência do Mandado de Intimação para Cumprimento de Liminar. O Portal Holofote Manaus informa que vai recorrer da decisão.
Nos últimos anos, especialmente depois da ascenção de Omar Aziz ao governo do Estado, tornou-se hábito da Justiça do Amazonas – não de todos os juízes, é claro – mandar retirar do ar postagens que denunciam autoridades estaduais e municipais, sem ouvir o outro lado, ou seja, os donos dos sites. Isso cheira a censura. Este blog já foi vítima disse em várias ocasiões.
Nunca as autoridades processaram tantos comunicadores em Manaus e no Amazonas como nos últimos cinco anos. O pior é que o Sindicato dos Jornalistas não se manifesta sobre o assunto.
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