O juiz Rogério José da Costa Vieira, da 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), cassou o mandato do vereador Sandro Maia (DEM) ontem e decidiu torná-lo inelegível por oito anos, a contar do pleito de 2020. A acusação é a de que ele usa uma instituição filantrópica para angariar votos. Só que a prática é muito comum no Amazonas. Vários parlamentares se utilizam de entidades, algumas das quais gerenciadas por eles próprios, para fidelizar o eleitor. Apenas Maia e o ex-deputado Nelson Azedo foram cassados por causa disso, este último em 2010.
Maia de fato exagerou. Praticamente todas as postagens dele na pré-campanha e na campanha o mostraram em atividades comandadas por ele no Instituto Sandro Maia. Ele sempre foi assíduo nas redes sociais com as campanhas que desenvolveu, inclusive com muita distribuição de donativos. E relacionava tudo com seu número na eleição, sem nenhum pudor.
Nelson Azêdo, que chegou a ser candidato a prefeito de Itacoatiara e presidente da Câmara Municipal de Manaus, foi cassado por utilizar a Fundação Dentária do Amazonas (Prodente) para angariar votos. Ele e o filho, Nelson Amazonas, foram eleitos por conta dessa atuação.
No caso de Maia, pesou a atuação como advogado do primeiro suplente de seu partido, o ex-vereador Gilmar Nascimento, que manejou bem a lei para alcançar a cassação do titular.
Na Câmara de Manaus há outros vereadores que se exibem nas redes sociais distribuindo donativos. O mais ativo nessa seara é Raulzinho (PSDB), que se veste de super herói e circula pela cidade fazendo caridade. Ele ainda não foi incomodado nem pelo Ministério Público Eleitoral nem pelo Tribunal Regional Eleitoral.
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Este post tem um comentário
O candidato DERROTADO Gilmar Nascimento deve aceitar a rejeição da população e ao fato de não ter sido reeleito, se o juiz for ver o que aconteceu no CSU durante os 4 anos que o vereador Gilmar Nascimento fez o mesmo nunca mais séria candidato. Um absurdo, um candidato DERROTADO usar o tapetão para conquistar o cargo sem voto.