Circulou ontem em Manaus uma versão segundo a qual o jornalista Clayton Pascarelli teria sido demitido da Rede Amazônica por tentar usar o veículo de comunicação para blindar a empresas Umanizzare, responsável pela administração do Complexo Penitenciário Anysio Jobim. Segundo esta abordagem, ele seria sócio da F5 Comunicações, que tem a conta de assessoria de imprensa da concessionária. Não é verdade. O comunicador deixou a sociedade há dois meses.

Na verdade, a versão foi uma cortina de fumaça que partiu do governo estadual, É que espalhou-se a versão segundo a qual Cleyton saiu da apresentação do Bom Dia Amazonas, jornal matutino da TV Amazonas, porque teria feito o seguinte comentário ao final da exibição de matéria sobre o massacre de presos nos presídios do Estado: “Afinal, o que esperar desse governo?”.

A hipótese levantada para a demissão do jornalista virou meme, prejudicando a imagem do governador José Melo. Por isso, os marketeiros que administram a crise de imagem do governador produziram esta outra versão.

O jornalista Hugo Araújo, dono da F5, fez questão de desmentir a tentativa de atingir a imagem do ex-sócio. “Ele saiu da empresa há dois meses. Isso é triste”, disse ele. Depois do desmentido, Hugo passou a ser vítima de ataques. Até o endereço pessoal dele foi espalhado em aplicativos  redes sociais, numa tentativa de intimidá-lo. “Se o Clayton ainda estivesse comigo, o que ele ganharia criticando o governo?”, acrescentou.

Clayton Pascarelli passou onze anos na Rede Amazônica, período durante o qual destacou-se como um dos mais carismáticos apresentadores da empresa. Até fã clube ele tem nas redes sociais.