Incidente que matou oficial da Marinha mostra o quanto são perigosos hoje os rios do Amazonas

Uma nota divulgada hoje pelo Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) mostra claramente o medo que se espalha pelos rios do Amazonas, em função da ação de quadrilhas dos chamados “piratas dos rios”. Segundo a entidade, o tiroteio que envolveu os militares e uma equipe de escolta e segurança terceirizada da empresa Waldermiro P Lustoza e Cia Ltda, na madrugada do último domingo (21), em que morreu um oficial da Marinha e outras quatro pessoas ficaram feridas, se deveu ao receio de que se tratasse de mais um ataque dos criminosos.

Pelo que o blog apurou, o incidente foi causado por uma sucessão de maus entendidos. A equipe de militares, que realizava uma operação a partir do navio Rondônia, de propriedade da Marinha, aproximou-se da embarcação sorrateiramente, na penumbra, suspeitando da atividade, o que gerou a reação da equipe de segurança, que pensou se tratar de um ataque dos piratas. Foi quando começou um intenso tiroteio, a partir de um tiro de advertência disparado pelos seguranças.

A ação resultou no ferimento de quatro pessoas – três tripulantes (aquaviários) e um militar – e na morte de um suboficial da Marinha do Brasil.

“Temos que ressaltar o número expressivo de assaltos que as empesas associadas ao Sindicato são vítimas cotidianamente. Somente entre 2020 e 2021, foram nove assaltos registrados, onde as vítimas são espancadas e tiveram, inclusive, órgãos arrancados (orelhas) por criminosos do rio. Diante disso, reiteramos a necessidade de mais segurança às empresas de navegação do Estado do Amazonas que aqui contribuem para o progresso e integração da região, gerando renda e empregos”, diz a nota do Sindarma.

A Marinha do Brasil abriu inquérito para apurar o incidente. O outro militar ferido encontra-se em Parintins, para onde foi levado a fim de submeter-se a uma operação de emergência.

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta