Hospitais de Manaus se livram das macabras câmaras frigoríficas instaladas durante a pandemia

Levando em consideração a redução do número de internações nas unidades de saúde do Estado e a estabilização da curva epidemiológica dos casos de Covid-19 no Amazonas, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) encerrou as atividades das tendas de triagem instaladas em hospitais da capital e determinou, nesta sexta-feira (19/06), a retirada das câmaras frigoríficas também instaladas nas unidades durante o pico da pandemia do novo coronavírus.

A Susam, com base na decisão do Gabinete de Crise instituído pelo governador Wilson Lima, instalou tendas nos Hospitais e Prontos-Socorros (HPS) 28 de Agosto, João Lúcio e Platão Araújo para o primeiro atendimento e a triagem dos pacientes que procuravam as unidades durante o pico da pandemia, diminuindo a disseminação do vírus.

Nas tendas, os pacientes eram atendidos por profissionais, que avaliavam as condições de saúde e davam os encaminhamentos de cada caso. De acordo com relatório da secretaria, durante o pico, no dia 4 de maio, foram realizados 138 atendimentos nas três unidades. Pouco mais de um mês após, o número de atendimento é de aproximadamente 30 atendimentos.

Foram instaladas câmaras frigoríficas nos HPS João Lúcio, 28 de Agosto e Platão Araújo; nos hospitais de referência Delphina Aziz e de Combate à Covid-19; e no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), para o acondicionamento de corpos de pacientes que vieram a óbito nessas unidades.

De acordo com o boletim epidemiológico emitido pela Fundação de Vigilância neste sábado (19/06), foram confirmados mais 26 óbitos pela doença, dos quais cinco ocorridos nas últimas 24 horas, estando a taxa de letalidade da doença no estado em 4,21%.

A secretária de Estado de Saúde, Simone Papaiz, explicou como a Susam analisou a manutenção e a retirada dessas estruturas das unidades, levando em consideração o plano de retomada gradual das atividades, iniciado no dia 1º de junho.

“Com base no plano que foi estabelecido, observamos durante os 18 dias posteriores ao início da reabertura gradual das atividades, em 1º de junho, o comportamento dos dados epidemiológicos e da curva de casos e mortes por Covid-19. Ao constatarmos que estes números têm apresentado queda, decidimos encerrar o funcionamento das tendas e iniciar a retirada das câmaras frigoríficas”.

FOTO: Arthur Castro

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