O blog acaba de apurar que o substituto do ex-deputado Luiz Castro (Rede) na Secretaria de Educação do Estado (SEDUC) será um técnico, não outro político. Há uma avaliação interna de que as convicções e projetos políticos do ex-gestor prejudicaram o trabalho de recuperação financeira e administrativa do órgão. Isso explicaria o silêncio do governador Wilson Lima (PSC) em relação ao pedido de demissão do aliado.

Alguns nomes estão sendo avaliados e contactados desde a última terça-feira (27), quando Castro decidiu sair. Ao contrário do que se especulou, não foi a delação do empresário Francisco Luiz Dantas ao Ministério Público de Contas o fator principal para a queda do ex-deputado e sim o comportamento dele no cargo, obedecendo a uma estratégia pessoal e não de Governo.

O estopim foi a decisão de tentar adiantar parcela do décimo-terceiro dos funcionários da SEDUC com recursos do Fundo Nacional da Educação Básica, uma verba carimbada. “O Governo não tinha condições de arcar com o pagamento de todo o funcionalismo e estava planejando uma forma de resolver o problema o mais breve possível, mas ele atropelou tudo vazando o ofício em que pedia autorização para pagar apenas seus funcionários”, diz uma fonte muito próxima do governador ouvida hoje pelo blog.

Castro fazia uma gestão paralela, focada em sua própria carreira e isso o afastou do núcleo duro do Governo, a ponto de inviabilizar sua gestão. Ninguém no Governo o acusa de improbidade, mas existe uma orientação do governador para que todas as suspeitas sejam apuradas. A influência do vice-governador e secretário da Casa Civil, Carlos Almeida, não foi decisiva para a queda do ex-deputado.

A definição do novo secretário ocorre nas próximas horas.