Gadelha tenta acalmar índios que protestaram contra nomeação dele

O diretor-presidente da Fundação Estadual do Índio (FEI), Amilton Gadelha, reuniu-se nesta terça-feira, 10 de outubro, com lideranças indígenas na sede da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), no Centro, zona sul de Manaus. O encontro, que reuniu representantes de várias entidades do movimento indígena, representa a abertura de um diálogo mais próximo com as lideranças indígenas.

 Participaram da reunião representantes da Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime); Fórum de Educação Escolar Indígena do Amazonas (FOREEIA); Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (MEIAM); Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro  (AMARN); Federação  das Organizações dos Caciques e Comunidades Indígena Tribo Ticuna (FOCCIT) e Rede de Mulheres Indígenas do Estado do Amazonas (MAKIRA-ÊTA).

 O diretor da FEI disse que está aberto ao diálogo com os legítimos representantes da causa indígena, agregados na Coiab, e que o Governo está de portas abertas para atender as demandas das comunidades indígenas, salientando que a primeira fundação de apoio aos índios foi criada no último governo de Amazonino Mendes.

 Amilton Gadelha também afirmou que comunicou ao Ministério Público Federal (MPF-AM) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM) sobre a ocupação da sede da FEI, na zona norte de Manaus, por um grupo liderado pelo ex-diretor da Fundação, Raimundo Nonato Sobrinho. O objetivo é buscar garantias de que pessoas que não representem o movimento indígena tumultuem e atrapalhem qualquer processo de diálogo do Governo com as tradicionais lideranças do movimento.

 De acordo com nota divulgada pela Coiab, Raimundo Nonato não representa o movimento indígena e chegou, inclusive, a assinar um Termo de Compromisso com o MPF, em junho deste ano, em que se comprometia a não utilizar o nome Waimiri Atroari ou qualquer outra expressão referente ao grupo étnico como elemento de sua identificação. O descumprimento do compromisso prevê responsabilização criminal.

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