Responsável por instalar o primeiro laboratório fotográfico para revelação em cores no Norte do Brasil, o venezuelano Carlos Navarro Infante, 76, será condecorado cidadão amazonense, nesta sexta-feira (23), às 10h, no Plenário Ruy Araújo da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A concessão do título é inédita na vida pública do deputado estadual Angelus Figueira (DC), 71, autor da homenagem. Exilado político que chegou a Manaus em 1973, fugindo da ditadura venezuelana, o homenageado fundou a empresa Sonora e criou a memorável máquina Love.
“O professor Carlos Navarro é pioneiro no processamento fotográfico colorido no Estado do Amazonas. Ele registrou a história de toda uma geração. Nós podemos ver uma determinação no traço de sua arte incansável de mostrar o Amazonas, nossos igarapés, cenários caóticos que o homem vem promovendo. O cenário das queimadas, a chaga profunda da Amazônia a partir de intervenções criminosas, na maioria das vezes. Aqui em Manaus, ele constituiu família, fez história e contribuiu com a formação de gerações de profissionais desta arte tão linda que é a fotografia. Por meio dele, quero homenagear todos esses profissionais. E, com a aprovação desta casa, nós estaremos concedendo o título de cidadão amazonense a este que tanto fez pela arte, pelo social e pela economia do Amazonas”, justificou Figueira.
Pioneiro na revelação de fotos coloridas
Carlos Navarro Infante nasceu em Caracas, na Venezuela. Exilado político, aos 17 anos, foi morar em Barcelona, na Espanha, onde iniciou seus estudos técnicos de fotografia em 1966, depois se especializando na Suíça e Alemanha, na área de foto processamento a cores.
Após sua especialização, em 1973, foi selecionado por meio de um anúncio, para uma vaga no Brasil, em Manaus, onde instalou na empresa Sonora, um laboratório fotográfico para revelação em cores, sendo o pioneiro na Região Norte do País neste tipo de revelação.
Ecos Amazônicos
Mais de 30 registros fotográficos de Carlos Navarro estão em exposição no hall Homero de Miranda Leão, na Aleam, desde segunda-feira (20) e ficam para apreciação até amanhã (24). Intitulada “Amazônia: Luta entre a Vida e a Morte”, a apresentação faz parte do Projeto Ecos Amazônicos que retrata o cenário de agressão ao meio ambiente.
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