Um estudo realizado pela Secretaria Municipal do Trabalho, Emprego e Desenvolvimento (Semtrad) apontou que o fomento aos três bancos comunitários da capital, em 2016, aumentou em pelo menos 10% a renda das famílias contempladas pelo projeto de microempreendedorismo da prefeitura. Manaus é a primeira cidade na Região Norte a fomentar essa modalidade de negócio. Este ano, os repasses serão retomados.
O projeto permitiu o repasse de R$ 150 mil, oriundos de emendas parlamentares, para os bancos comunitários dos bairros Morro da Liberdade, zona Sul, Mauazinho e Colônia Antônio Aleixo, ambos na zona Leste, no segundo semestre de 2016. As instituições disponibilizaram o recurso por meio de microcréditos a 210 famílias com iniciativas na área comercial dos três bairros, ajudando-as alavancar seus negócios.
Técnicos da Semtrad fizeram um estudo com uma parte dos beneficiados, no período de 23 a 30 de janeiro deste ano, e constataram que em todos os casos, o dinheiro dos bancos comunitários foi utilizado para a melhoria (adequação e ampliação) de micros negócios, gerando um aumento de até 10% na renda das famílias contempladas, no período de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2016.
Em cada um dos três bancos comunitários, foram contempladas 70 famílias que além de receber recursos, também, passaram por capacitação empresarial. Entre os negócios beneficiados estão os serviços de artesanato, cabeleireiro, estética, bazar, alimentação, entre outros.
De acordo com o diretor do departamento de Economia Solidária da Semtrad, Virgílio Melo, para alguns o recurso pode parecer reduzido, mas dependendo da assessoria técnica e da criatividade do microempreendedor, ele pode ser fundamental na melhoria das vendas. “Quem trabalha com artesanato, por exemplo, com esse dinheiro terá poderá adquirir matéria-prima suficiente para iniciar um negócio que poderá render resultados logo no primeiro mês”, disse.
Resultados
No bairro Mauazinho, o cabeleireiro Christian Alves, 29, montou seu próprio salão de beleza há quatro anos e contou que com o empréstimo pôde modificar o espaço do empreendimento. “Como eu sou um microempresário, consegui expandir os meus negócios. Comprei produtos novos e isso me ajudou a aumentar o nosso espaço”, disse.
Marinês Siqueira, 44, trabalha com vendas há mais de dez anos e mantém uma pequena loja onde vende cosméticos e roupas íntimas, no Mauazinho. Ela recebeu o empréstimo e diz que ele a ajudou a ampliar suas vendas. “Antes de receber o dinheiro, participamos de reuniões sobre empreendedorismo, como administrar e aplicar o capital. O empréstimo me ajudou, porque eu pude comprar novos produtos e melhorar minhas vendas” contou.
No Morro da Liberdade, Dona Ivanir Barroncas, 72, é aposentada, mas ainda está longe de pensar em ficar sem trabalho, porque faz serviços de bordado há mais de dez anos. “Com o recurso do banco comunitário troquei meu material, comprando barbantes, fitilhos, bordado inglês. São produtos mais caros e de melhor qualidade para atender um público mais exigente”, pontuou comemorando os resultados.
Foto: Marinho Ramos / Semcom
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