Fantástico gerou muita expectativa, mas não trouxe novidades sobre o “Caso Flávio”, apenas cena de depoimento

As chamadas para uma reportagem sobre o assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos no programa Fantástico, da Rede Globo, causaram enorme expectativa em Manaus no final de semana, mas a matéria, que durou nada menos que oito minutos – uma enormidade para o horário nobre da televisão – não trouxe nenhuma novidade. Apenas uma cena em que Alejandro Valeiko Molina aparece depondo e uma entrevista da primeira dama de Manaus e mãe dele, Elizabeth Valeiko Ribeiro foram inéditas, mas também não trouxeram informações novas.

O acabou destacando as medidas que a Prefeitura de Manaus adotou para apurar as denúncias de envolvimento de um servidor municipal e de um veículo no caso. No programa foram mostradas imagens da participação do Procurador-Geral do Município, Rafael Albuquerque, e do secretário Executivo de Articulação Política, Luiz Alberto Carijó, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), no último dia 9, onde foram explicar, a convite dos vereadores, todas as medidas adotadas pela Prefeitura no caso, entre elas as sindicâncias. “Vamos fazer a apuração de forma transparente e clara. Se necessário, haverá  punições”, disse o secretário Carijó.

No programa, o secretário Carijó confirmou a abertura de sindicâncias para apurar a conduta do sargento da Polícia Militar Eliseu da Paz, lotado na Casa Militar e o uso do carro que o servidor usava no dia da morte do engenheiro.

No trecho do depoimento de Molina, ele nega que Flávio ou qualquer outra pessoa tenham sido esfaqueados na sala de sua residência. Já a mãe dele nega que tenha mandado lavar a cena do crime e diz que quer a verdade, além de criticar a Polícia por não ter isolado o local.

PROVIDÊNCIAS

“Não houve nenhum tipo de prevaricação. Todas as medidas que cabem à instituição Prefeitura de Manaus estão sendo tomadas. Todos os fatos estão sendo apurados”, afirmou Carijó, esclarecendo ainda que em nenhum momento a Prefeitura de Manaus foi citada, por carta, ofício ou qualquer outro tipo de documento para prestar esclarecimentos à autoridade policial. “Também não houve nenhuma orientação superior, seja do prefeito ou de quem quer que seja. Até porque, no dia do evento, o prefeito estava em um procedimento médico no hospital Adventista e estava, inclusive, sedado. Não houve qualquer tipo de acobertamento, nem interferência do prefeito ou da prefeitura” disse Carijó.

O procurador-geral do município, Rafael Albuquerque, destacou a existência do Decreto Municipal 2.572, de outubro de 2013, que prevê a segurança pessoal, por servidores da Casa Militar, para o prefeito, vice-prefeito e suas respectivas famílias.  Mesmo assim, ele explicou que foram instauradas duas sindicâncias para apurar a presença do servidor municipal lotado na Casa Militar no dia ocorrido.

“Nós já temos duas comissões de sindicâncias para apurar as circunstâncias de envolvimento de um servidor público, ocupante de cargo em comissão, no evento. A outra comissão de sindicância instaurada é para apurar as circunstâncias de utilização de um veículo. Caso comprovada alguma ilegalidade, aplicaremos as penalidades passíveis de serem aplicadas”, esclareceu.

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Este post tem um comentário

  1. Claudete

    E o caso do Cabo Afonso fuzileiro naval morto em Manaus no dia 30-06-16 segue sem resultado. Descaso. Ah! Ele era ninguém pras autoridades, mas pra mim era Tudo! #justicacaboafonso.
    Quem matou meu filho foi um bandido disfarçado de PM em Manaus. Aff!

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