
A empresa ACB acaba de entregar nada menos que 140 veículos ao Estado, por meio de um contrato emergencial (sem licitação). Todos estão acomodados no pátio do Comando de Policiamento Especial, no conjunto Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus. Para um Estado em crise, sem recursos para pagar os benefícios prometidos aos policiais na campanha de 2014, trata-se de uma despesa e tanto. A imagem está revoltando os praças, também indignados com a falta de punição a oficiais que cometem crimes.
As viaturas serão, em grande parte, caracterizadas para serem distribuídas à Polícia Militar, Polícia Civil e Departamento de Polícia Técnica. Há, sem dúvida, necessidade de reforço logístico para estes órgãos. “Mas um ivestimento deste tamanho mostra que dava pelo menos pra conceder algum benefício daqueles prometidos”, diz um cabo que fez contato com o blog, mas não quis obviamente se identificar.
O caso do capitão Délio Corrêa – flagrado em um posto de gasolina pagando um cidadão com droga para fazer sexo oral – e outros mais recentes, como o do tenente Stelio, que agrediu um praça ao ser abordado em uma barreira na cabeça da ponte Rio Negro, estão irritando e insuflando os praças.
“No caso do Corrêa, não foi um mero vacilo, como o comando da PMAM tenta alegar. Houve crimes e transgressões, como atentado ao pudor, trafico de drogas ( pois guardar, vender, doar… é tráfico),, ele estava bebendo, logo cometeu crime de trânsito ( dirigir sob influência do Alcool) e, por ser militar, transgrediu diversos artigos do RDPMAM, ferindo o decoro e a dignidade da classe e por não se portar de forma condizente com seu posto de Capitão e comandante de unidade, feriu a honra, o pundonor militar, o espírito de classe, deixou de tomar providências na esfera de suas atribuições, faltou com respeito, com a moral e com os bons costumes”, ataca o praça.
“Todos esses comentários, gozações e deboches que estão circulando em relação ao caso, nada mais são do que a demonstração de o quanto nossos superiores hierárquicos são odiados, não pela pessoa em si, mas pela classe e pelo sistema de gestão do qual os mesmos são responsáveis”, acrescenta.
“Não se trata de querer desmoralizar o oficial, pois ele o fez por si só, a questão é o tratamento diferenciado e imoral que impera no sistema de gestão da PMAM, que protege os grandes e subjulga os pequenos, sistema esse que acoberta os oficiais quando cometem crimes, transgressôes disciplibares e diversos outros desvios de conduta. Há um protecionismo de Patente imoral. É essa a revolta de todos nós”, explica o cabo.
“Todos nós conhecemos inúmeros casos de oficiais que se envolveram em crimes de peculato, roubo, trafico de drogas, atentado ao pudor, homicídios, fraudes em licitação, desvios de conbustíveis. Entretanto, a PMAM encobriu, se fingiu de morta, fez vista grossa, protelou o caso para que caísse na prescrição, ou seja, perdesse o prazo legal para ser julgado”, continua.
“O caso do Corrêa não é único. O tenente Daniel Melo foi pego transando com um travesti no interior da viatura, mas ao invés de ser punido, foi promovido a capitão . O tenente Stanley humilhou e agrediu policiais na barreira da ponte Rio Negro, mas até o momento não houve qualquer manifestação do comando sobre o caso, o que é ‘compreensível’. Afinal, ele é amigo pessoal do comandante geral. E há tantos outros casos, que cansa lembrar de todos”, conclui.
Recentemente houve ainda o caso da suspensão do fornecimento de papel, da suspensão do fornecimento de comida aos quartéis e do corte dos telefones fixos. Tudo isso está deixando a tropa nervosa, à beira de uma nova, e desta vez mais forte, manifestação.
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Este post tem 3 comentários
realmente a policia militar virou barril de pólvora que a qualquer momento vai explodir.
Pohaa…. Até que enfim
Parabéns aos colegas que não se calam e nem vão calar perante a opressão.
Não somos e nem seremos refutados como “gado” que segue calado para o matadouro‼
Neste momento em que o governador José Melo criou o plano emergencial ou seja sem licitação para encher seus bolsos de dinheiro a Policia Federal comeu cola mil pois não pode investigar uma roubalheira dessas pois tem um dos seus na direção maior da Secretaria de Segurança Pública. O governador vai fazendo igualzinho ao ex-governador Omar como projeto Ronda no Bairro de 2 bilhões de reais que acabou e não ficou nenhum preguinho para mostrar aos bestas OLHA AQUI O QUE RESTOU DO RONDA DO BAIRRO ” UM PREGUINHO “.