Falta apenas uma assinatura para que Assembleia investigue gastos na Saúde nos governos Omar e Melo

O requerimento de solicitação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, que pretende investigar os mais de 600 contratos entre a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) e empresas privadas nos últimos cinco anos, conseguiu a sétima assinatura. Além dos autores da propositura, deputado José Ricardo (PT) e deputado Luiz Castro (Rede), também assinaram o documento os deputados Sabá Reis (PR), Sinésio Campos (PT) Platiny Soares (DEM) e Augusto Ferraz, também do DEM, e hoje (20), recebeu a assinatura da deputada Alessandra Campêlo (PMDB). Com essa última adesão, falta apenas uma assinatura para que o pedido de investigação seja instalado na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), o que poderá ocorrer a qualquer momento, já que outros deputados sinalizaram que vão assinar o pedido.

José Ricardo defende a urgência da instalação dessa CPI, uma vez que todos os dias recebe inúmeras denúncias sobre os péssimos serviços de atendimento na área da saúde, dentre elas, demora no atendimento com especialistas e na realização de cirurgias e demais tratamentos. “Não vou me cansar de tratar da questão da saúde de nosso estado. Ontem, recebi ligação da família de um idoso que está esperando uma cirurgia há muitas semanas, já estão desesperados. Um desrespeito ao Estatuto da Pessoa Idosa, que determina prioridade a eles. Está escrito na Lei Federal”, afirma o parlamentar, referindo-se à Lei nº 10741, de 2003, que determina que estão garantidos os direitos às pessoas idosas, como o atendimento preferencial nos serviços públicos, principalmente, na área da saúde.

A Operação Maus Caminhos, da Polícia Federal, mostrou os esquemas de contratos na saúde, com mais de R$ 100 milhões desviados. Já em dezembro do ano passado, ex-secretários de Governo foram presos, como os da Saúde e da Casa Civil, e ex-funcionários de órgãos, por meio da Operação Custo Político, com bloqueio de bens de mais de R$ 60 milhões. E as denúncias de cerca de R$ 20 milhões teriam sido pagos em propinas a esses gestores. E dias depois, em novo desdobramento da Maus Caminhos, foi preso o ex-governador do Amazonas, José Melo (Pros), e depois a sua esposa, também com suspeita de desvios de verbas públicas da saúde do Estado. “Dinheiro que está faltando nos hospitais, para agilizar as filas de exames e de cirurgias, como as cardíacas, do Hospital Francisca Mendes. Por isso, a minha insistência sobre a instalação da CPI. O nosso papel de investigar é constitucional, é nosso dever, enquanto parlamentar”.

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Este post tem um comentário

  1. Thomas A. Edson

    Demorou, mas agora parece que vai.

    Esperamos que com profundidade e sem compressa (panos quentes… Pra não perder a piada), todos querem entender o “negócio das arábias” (ou da Palestina), que é a saúde no Amazonas… Menos, é claro, para o cidadão, que não comprou casa no Ephigenio Sales, nem recebeu ingresso para copa e tão pouco virou sócio do Vila Mix.

    Dizem que a CPI estava amarrada por um trabalho de macumba, caríssimo, de uma mãe de santo Bahiana do Parque das Laranjeiras e um pai de santo jornalista da ponta negra, que desmaia quando vê a PF….

    Muhamed tem vizinhos poderosos, se borrando de medo…

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