Mais de 500 estudantes de escolas públicas da zona Sul participaram, na manhã desta sexta-feira, 26/5, de uma caminhada que marcou o encerramento da Campanha de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, cuja data nacional de mobilização é 18 de maio. Com faixas e cartazes, estudantes, professores, Conselheiros Tutelares e servidores da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) percorreram diversas ruas do bairro Japiim, incentivando a comunidade a participar denunciando casos de abuso.
A caminhada procurou enfatizar a importância de se trabalhar a prevenção contra estes tipos de crimes, destacando a importância da campanha que acontece desde o começo do ano e que seguirá por todos os principais eventos realizados pelo Município ao longo de 2017, conforme determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto.
“Tivemos uma grande mobilização nesta zona da cidade, por meio do nosso Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Sul. A exploração sexual é um crime que está presente em nossa sociedade e não podemos fechar os olhos e nem calar diante dessa situação. Todo momento é oportuno para falarmos sobre esse tema. A Semmasdh com os seus aparelhos socioassistenciais atende às crianças e adolescentes que são vítimas desses crimes”, afirmou o secretário da Semmasdh, Elias Emanuel.
Para Maria Santana, diretora da Escola Municipal Vicente de Paula, a participação dos estudantes é fundamental para que a mensagem chegue até as casas e familiares. “Nós estamos fazendo bonito. Dizendo não ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em nossa comunidade. Estamos mostrando para todos que as famílias precisam cuidar dos seus filhos para evitar que essas situações aconteçam”, declarou.
Já o estudante Victor de Oliveira, 12 anos, disse que é fundamental que as ações de combate continuem acontecendo na cidade. “Essa é uma caminhada que incentiva as pessoas a lutarem contra esses crimes. É importante que o poder público continue realizando esse trabalho, pois o abuso sexual é um crime que vemos acontecer todos os dias”.
De janeiro à primeira quinzena de maio de 2017, o Disque Direitos Humanos do município recebeu oito denúncias de abuso sexual e uma de exploração sexual, sendo ambas de direitos violados de crianças e adolescentes.
Conforme dados do Sistema de Registro Mensal de Atendimentos (SNAS), dos Creas, onde crianças e adolescentes em situações de violência ou violações ingressam no Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), foram registrados no mesmo período 29 casos de abuso sexual e seis de exploração sexual, sendo 90% envolvendo meninas de 13 a 17 anos.
Canais de Denúncia
A rede de proteção possui três canais de comunicação para quem sofrer ou conhecer qualquer situação de violação de direitos:
– Disque Direitos Humanos: 0800-092-6644
– Disque Denúncia: 0900-092-1407
– Disque Direitos Humanos Nacional: 100.
Reportagem: Leonardo Fierro
Fotos: Marinho Ramos / Semcom
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