Estado não tem controle nem sobre a Cadeia Pública, reativada há apenas 22 dias em Manaus

Não está dando muito certo a atuação do Comitê de Crise criado pelo Governo do Estado para tentar conter a crise dos presídios. A cada novas revista em alguma penitenciária do Estado percebe-se que não há como estancar a entrada de objetos proibidos, que acabam ajudando os presos a tentar montar novas rebeliões, massacres e fugas. Nesta terça-feira, 24, a Polícia constatou que até na Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, reativada há 22 dias e onde os detentos estavam incomunicáveis, entrou celular e material para a construção de um túnel.

Com os presos foram encontrados 11 celulares, três chips, seis carregadores, duas baterias e um cartão de memória. Eles já tinham conseguido também “fabricar” 22 estoques – espécie de faca feita com material tirado das próprias celas. Tinham ainda 10 metros de fio de cobre e transformaram colchões em uma “teresa” – espécie de corda – para tentar fugir por um buraco que estavam cavando em uma das celas.

Para o secretário de Estado de Administração Penitenciária, tenente coronel da PM, Cleitman Coelho, o objetivo da presença de representantes federais e estaduais no procedimento foi mostrar a realidade da unidade e a estrutura que tem sido usada para abrigar os internos. “Todas as áreas foram visitadas e analisadas por eles. Conseguimos alinhar algumas questões e apresentar o que tem sido solicitado do Estado”.

O procurador de Justiça José Roque Nunes Marques saiu da revista pedindo novamente que a Cadeia Pública seja desativada novamente. “A situação lá dentro continua deplorável”, disse ele.

A reativação ocorreu porque o Estado quis separar presos ameaçados de morte pela Família do Norte, dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim.

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