Empresário que matou esposa e tentou simular suicídio finalmente começa a ser julgado

A 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus iniciou na manhã de hoje o julgamento do empresário Ivan Rodrigues Chagas, acusado de matar a companheira, Jerusa Helena Torres Nakamine, em abril de 2018 na casa do casal no conjunto Campos Elyseos, bairro Planalto, zona Oeste de Manaus. Na época o caso teve grande repercussão, principalmente porque o assassino tentou tratar o caso como suicídio. Ele deveria ter sido julgado no ano passado, mas um jurado passou mal ao ver a cena do crime e depois a defesa conseguiu adiar sucessivamente uma decisão alegando problemas de saúde do cliente, que foram desmentidos por imagens dele circulando normalmente pela cidade.

A sessão de julgamento popular está sendo realizada no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, presidida pela juíza de Direito Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) destacou duas promotoras de justiça para atuar na acusação: Márcia Cristina de Lima Oliveira e Clarissa Moraes Brito. O advogado Anielo Aufiero trabalha como assistente da Promotoria. Este último realçou a revolta da família com a liberdade do criminoso.

Os advogados Eguinaldo Gonçalves de Moura, Camila Alencar de Brito e Maurílio Sérgio Ferreira Costa Filho estão atuando na defesa do réu Ivan Rodrigues Chagas. Eles alegam que a imagem que circulou de Ivan almoçando em um shopping da cidade na realidade foram feitas quando ele saía de uma clínica aonde foi realizar exames. Mas não justificaram as outras cenas dele andando normalmente perto de casa.

Às 9h25 a juíza Ana Paula Bussulo abriu os trabalhos comunicando a defesa e Ministério Público sobre os requerimentos possíveis. Em seguida, iniciou-se o sorteio dos sete jurados, com o Conselho de Sentença sendo formado por cinco mulheres e dois homens. A denúncia do Ministério Público foi lida pela juíza às 9h39.

No julgamento serão ouvidas seis testemunhas de acusação e cinco de defesa, e ainda será feito o interrogatório do réu. A intenção do Juízo é tentar, ainda nesta quinta-feira, ouvir todas as testemunhas de acusação. Caso não seja possível, os depoimentos continuarão amanhã.

A oitiva das testemunhas começou com a perita da Polícia Civil do Estado do Amazonas, Gisele Moreira. A defesa requereu a suspeição dessa testemunha alegando que ela teria divulgado em seu canal, na internet, detalhes do caso, o que foi contestado pelas promotoras e pelo assistente da acusação. A juíza manteve a oitiva, que começou às 10h.

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