O rapaz que aparece nas fotos acima, tiradas de uma postagem feita por policiais militares, é Raphael Pinheiro, jovem empresário do ramo de restaurantes de Manaus. Foi ele quem nocauteou o deputado Platiny Soares, na última sexta-feira, dentro do sofisticado restaurante Barollo, no Vieiralves.
Não é a primeira vez que os dois se desentendem. Há alguns meses houve o primeiro round, dentro do bar All Night, na avenida Ephigênio Sales. Nos dois confrontos, a razão foi a mesma: o deputado costuma assediar mulheres e fez isso com uma ex-namorada de Raphael.
Na sexta, depois de umas doses de bebida alcóolica a mais, Platiny partiu na direção de Raphael e tentou agredi-lo, mas acabou nocauteado com um soco no rosto. Em seguida, ligou para o 190 exigindo que uma viatura fosse deslocada ao restaurante, para prender o rival.
Foi aí que entrou em cena o outro personagem dessa história: o ódio da tropa pelo deputado. Ele foi o grande líder da manifestação de abril de 2014, que parou a PM e gerou uma ampla negociação com o Governo do Estado. Por conta disso, acabou eleito para o mandato pelos colegas soldados, cabos e sargentos, que votaram nele em massa. Ocorre que, ao longo dos últimos dois anos, o governador não cumpriu o combinado – as promoções dos praças e outras promessas. E Platiny continuou sendo um soldado fiel do grupo do poder. Daí o ressentimento dos eleitores.
Raphael acabou se transformando no instrumento de vingança da tropa. E vem recebendo todo tipo de elogio da tropa.
Platiny diz que não teve culpa nenhuma no episódio, mas não registrou Boletim de Ocorrência como vítima em nenhum Distrito Integrado de Polícia.
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