Durante entrevista ontem no Jornal Nacional, da Rede Globo, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, esquivou-se de responsabilidades na crise do oxigênio ocorrida em janeiro de 2021 em Manaus, dizendo que fez a sua parte. Ele afirmou que em 48 horas a situação foi resolvida – na realidade o prazo foi bem maior – e fez questão de enfatizar que seu governo tomou todas as providências que estavam ao seu alcance, frisando que enviou bilhões aos governadores. Assim que o programa terminou, apoiadores dele em Manaus fizeram circular mensagens responsabilizando o governador Wilson Lima (União Brasil) pelas mortes por asfixia àquela época.
Na realidade a responsabilidade pelo ocorrido até hoje é difusa. O Governo Federal já disse reiteradas vezes que alertou o Governo do Estado sobre a iminente falta de oxigênio, mas Lima defendeu-se dizendo se tratar de uma situação atípica.
Depois de muita negociação, o governador conseguiu incluir o PL de Bolsonaro na coligação que apoia a sua reeleição e escalou o Coronel Menezes (PL), amigo do presidente, como seu candidato ao Senado. Os sinais recentes indicam, entretanto, que a aliança tem limitações. O chefe da Nação já pediu votos para o candidato a senador em live nas redes sociais, mas não citou Wilson. Agora, insinua na entrevista ao JN que a culpa pela crise do oxigênio foi do Governo do Estado.
Ontem Menezes lançou oficialmente sua candidatura ao Senado. Wilson não compareceu. Preferiu ir à festa realizada pelo deputado federal Marcelo Ramos (PSD), correligionário do senador Omar Aziz e opositor de Bolsonaro.
A novela deve continuar.
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