Duas semanas após a ultima revista, nova ação volta a encontrar celulares e armamentos no Compaj

Nada menos que 26 celulares, 15 baterias, 19 munições de calibre 80 e uma munição de calibre ponto 40, oito marteletes artesanais, um serrote, três alicates, três tesouras, oito facas, um estilete, uma chave de fenda, seis estoques, dois chips, um cartão de memória, quatro pen drives e duas pulseiras de saída de visitantes foram encontrados em mais um procedimento de revista no regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim.

A ação contou com um efetivo de 190 servidores da Secretaria de Administração Penitenciária, da Umanizzare Gestão Prisional – que deveria ser responsável por não permitir a entrada deste tipo de objeto no Compaj – e policiais militares do Comando de Policiamento Especializado

Detalhe: a nova revista ocorreu apenas duas semanas após a última. Neste intervalo, os detentos já tiveram acesso a todo este materual.

As revistas no sistema prisional este ano tiveram início no dia 5 de janeiro na Unidade Prisional do Puraquequara. O regime fechado do Compaj passou pelo procedimento dia 6 e, em seguida, o Instituto Penal Antônio Trindade foi revistado no dia 7. No dia 10 de janeiro o Exército Brasileiro apoiou a Seap e a PMAM na revista do regime semiaberto do Compaj. No dia 12 de janeiro foi a vez do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) e as unidades do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) e Penitenciária Feminina de Manaus (PFM) passaram pela revista no dia 18 de janeiro. Em todas as ocasiões foram encontrados objetos proibidos, inclusive armas, nas mãos do preso.

Até agora só um servidor da Umanizzare foi preso, acusado de passar informações sigilosas aos presos. Não houve qualquer outra punição nem se anunciou o resultado de qualquer investigação sobre o massacre do dia primeiro do ano e sobre as mortes de outros oito presos em outras unidades.

Texto: Kamilla Lira / Seap

Fotos: Valdo Leão/ Secom

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