Desvio de recursos do Fumipeq ainda assombra David Reis e pode ter desdobramentos

Segundo informações apuradas pelo blog, uma movimentação inesperada pode tirar o sono do presidente da Câmara Municipal de Manaus, David Reis (Avante). Assessorados por um advogado, pessoas envolvidas em desvios no Fundo Municipal de Fomento à Micro e Pequena Empresa (Fumipeq) da Prefeitura de Manaus, em 2016, estariam dispostas a procurar o Ministério Público do Estado para revelar detalhes que devem colocar o político, na época presidente do órgão, no olho do furacão.

Apurado pelo delegado Rodrigo Sá Barbosa, na época titular do 1º Distrito Integrado de Polícia e hoje diretor-presidente do Departamento Estadual da Trânsito (Detran-AM), o caso envolvia funcionários do orgão, também conhecido como Banco da Gente, e agentes externos, que selecionaram pequenos empresários para solicitar empréstimos, tramitavam a documentação e conseguiam o recurso, repassando apenas uma pequena parte aos comerciantes e embolsando o restante.

O primeiro a ser preso em flagrante, no momento em que sacava recursos do Fumipeq no banco Bradesco, foi Allan Johnson Aires da Costa, na época com 33 anos. Ele confessou o crime e disse que estava sacando cerca de R$ 4,9 mil, dos quais apenas R$ 500 seriam repassados à pessoa que solicitou no financiamento. A Polícia já tinha dados indicados que cerca de 100 transações semelhantes haviam sido realizadas, gerando um rombo aproximado de R$ 500 mil, mas as investigações continuaram, outros envolvidos foram presos e o cálculo do desvio bateu na casa de R$ 2 milhões.

Barbosa revelou na época que havia a participação de membros dos altos escalões, mas jamais revelou publicamente os nomes. Agora, alguns acusados estariam dispostos a revelar quem seriam estas pessoas. Questionado pelo blog se o presidente do Fumipeq à época, o atual presidente da Câmara, estaria entre estes nomes, o advogado foi evasivo: “aguarde que você vai ver”.

David Reis não foi acusado formalmente nem agora nem na época, mas o advogado ouvido pelo blog fez uma pergunta que deixou ainda mais suspeitas no ar. “Você acha sinceramente que um desvio dessa monta não teria o conhecimento de quem comandava o órgão?”.

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