TJAM afasta de vez presidente da Associação de Cabos e Soldados

A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas confirmou, no mês de março, o afastamento do presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e dos Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, José Igo da Silva Gomes, como já havia sido definido na primeira instância. O acórdão foi publicado esta semana, sacramentando a decisão. Com isso, novas eleições devem ser convocadas para a direção daquela que é a mais estruturada organização de representação dos praças da PMAM. 

Gomes recorreu da primeira decisão, alegando que foi promovido a 3º Sargento apenas no dia 13 de abril de 2018, sendo que sua reeleição ocorreu antes, em 31 de março. O praça que moveu a ação, Sergio Ricardo do Nascimento Cecílio, provou, entretanto, que o ato de progressão funcional do presidente ocorreu com data retroativa a 25 de março, portanto anterior à data da eleição e posse no cargo de presidente da nova Diretoria Executiva da entidade.

Ultimamente, o cargo de presidente de alguma associação que representa policiais militares gera muita visibilidade política e influência na corporação. Por isso há sempre uma disputa grande pelas posições. Vale lembrar que o fundador da Associação dos Praças da Polícia Militar, Platiny Soares, foi eleito deputado estadual em 2014, depois de liderar um movimento ruidoso pela melhoria salarial e de condições de trabalho, naquele mesmo ano.

Igo Silva – nome de guerra do atual sargento – foi um dos expoentes das últimas negociações. As assembleias de policiais mais ruidosas dos últimos tempos ocorreram justamente na sede da Associação de Cabos e Soldados. Por isso ele tentava se perpetuar no cargo. Para isso, cometeu algumas irregularidades, como a realização de assembleias sem quórum mínimo e candidatura sem respaldo no estatuto da entidade.

Um dos principais argumentos internos dos opositores que foram à Justiça contra ele é que o sargento estava colocando em risco o patrimônio da entidade, ao colocar a venda a sede social por valores abaixo da metade do preço de mercado.

Igor Silva não se manifestou sobre a decisão até o momento.

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