Estudantes, professores e pais de alunos dos colégios militares da Polícia Militar do Amazonas estiveram hoje na Assembleia Legislativa e, em audiência pública, falaram sobre as denúncias de assédio sexual e moral e de agressões físicas ocorridas nestes estabelecimentos. O deputado Fausto Junior (PV) anunciou, em press release distribuído por sua assessoria, que o coronel PM Roberto de Oliveira Araújo, que comanda o Núcleo de Ensino da corporação, garantiu que haverá mudanças no comando de todas as escolas, mas nem o Governo, muito menos a PM confirmaram esta informação.
A audiência pública foi solicitada pelo deputado Fausto Junior, mas não teve a participação de muitos parlamentares. Presidiu a sessão a deputada Terezinha Ruiz (PSDB), que dirige a Comissão de Educação da Casa. O parlamentar do PV disse que existem mais de 20 denúncias formalizadas junto ao comando da Polícia Militar e à secretaria de Educação do Amazonas (Seduc), relatando irregularidades nos CMPMs.
“Foram apresentadas mais de 20 denúncias sem que ninguém fosse investigado ou punido. Agressores e vítimas continuam lado a lado no colégio, num ambiente psicologicamente nocivo aos estudantes”, disse ele. “A situação ficou insustentável, por isso realizamos a audiência pública onde as vítimas podem cobrar providências das autoridades”, acrescentou.
As denúncias, entretanto, demonstram uma disputa interna, principalmente no Colégio da PM 1, localizado no bairro de Petrópolis. Foi ali que tudo começou. O professor de português Anderson pimenta registrou boletim de ocorrência acusando o diretor da escola, tenente-coronel PM Cézar Andrade, de te-lo agredido dentro do estabelecimento. Hoje, alunos atacaram o mestre, dizendo que ele já assediou várias alunas. Uma das estudantes que ocupou a tribuna chegou a discutir com a irmã dele, que estava na plateia.
Articuladora da audiência, a subtenente PM Glaucia Abreu da Costa, hoje lotada na Casa Militar da Assembleia Legislativa e presidente da Associação de Pais, Mestres e Comunitários do CMPM 1, não se pronunciou em nenhum momento. Um professor chegou a reclamar da tribuna que os colegas dela chegaram a hostilizar alguns estudantes que compareceram à audiência, dizendo que eles deveriam estar na escola e não na ALEAM.
Participaram da audiência pública o secretário ajunto da Secretaria de Estado da Educação, Luiz Fabian, representantes do Ministério Público, da Delegacia de Proteção à Infância e Adolescência e da Câmara Municipal de Manaus. Todos se comprometeram em tomar providências sobre as denúncias apresentadas antes e durante a audiência.
Veja agora alguns momentos da sessão, com discursos duros de alunos, professores e pais de alunos:
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