Deputada propõe projeto para ampliar tratamento de câncer do colo

Cerca de 24 % das mulheres morrem vítimas de  Câncer de Colo do Útero no Amazonas. E em 2019, a estimativa é de 840 novos casos. Para mudar este cenário, a presidente da Comissão de Saúde e Previdência da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputada Mayara Pinheiro Reis (PP), apresentou um indicativo ao Governo para a criação do programa Ver e Tratar o Colo Uterino nos municípios polos Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Tefé e Tabatinga, além do Micropolos em Coari, Borba e São Gabriel da Cachoeira.

É bom lembrar que esta é uma iniciativa da médica ginecologista Mônica Bandeira, da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon).

“Precisamos mudar a assistência à saúde da mulher. Este é um tipo de câncer 100 % evitável e é um absurdo que as mulheres esperem tanto por um resultado, de 6 a 8 meses. Só em São Gabriel da Cachoeira, pelo menos 800 preventivos foram perdidos. O combate ao colo uterino passa pelo diagnóstico precoce”, explica Dra. Mayara.  Por sinal, São Gabriel será a primeira a cidade a receber o mutirão com médicos e ginecologistas da FCecon. Neste local, 343 mulheres vão passar por colposcopia e biopsia.

O programa vai atuar justamente nesse sentido, tratar as lesões pré-cancerosas identificadas no tratamento. A ideia é descentralizar o atendimento da capital, com a criação de Centros de Referência em Colposcopia, procedimento fundamental para um diagnóstico eficiente da doença. Os números comprovam esta carência no Amazonas deste tipo de exame. Em 2018, dos 12.714 colposcopias realizadas na Região Norte, apenas 17% foram aqui no Estado.

“Temos também a Cirurgia de Alta Frequência (CAF), para tratar o câncer antes do desenvolvimento. Assim, vamos direcionar um tratamento especializado. O que peço do Governo do Estado é simples, investimento na compra de materiais com o único intuito: salvar vidas. Fiquei em feliz em saber que o indicativo deve ser aceito pelo Governo”, afirma a deputada. Ainda de acordo com Dra. Mayara, a iniciativa vai minimizar o impacto psicológico e familiar e financeiro, pois os deslocamentos seriam evitados com a regionalização destes procedimentos.

Na próxima quinta-feira (2), uma reunião está prevista na Secretaria Estadual de Saúde para discutir a implantação do projeto.

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