Decisão judicial que proibiu distribuição de benesses torna campanha em Coari ainda mais acirrada

A campanha eleitoral pela Prefeitura de Coari transformou-se definitivamente em guerra jurídica neste último final de semana, quando o governador Wilson Lima (PSC) decidiu desembarcar no município com toda estrutura assistencial do Governo. Ele foi impedido de distribuir as benesses por decisão judicial. A Justiça entendeu que tratava-se de claro favorecimento a seu correligionário Robson Tiradentes Junior. Mesmo assim o chefe do Executivo Estadual participou de um comício na noite de sábado (20) na cidade.

O Ministério Público, por meio da Promotoria Eleitoral de Coari, com o auxílio do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou a Operação In Dextro Tempore, com o intuito de cumprir a Lei das Eleições, que proíbe a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da Administração Pública, seja ela estadual ou municipal, no período eleitoral, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior.

O governador pretendia lançar na cidade o programa de emissão gratuita da Carteira Nacional de habilitação, além de distribuir os cartões do auxílio social estadual e mais de três mil ranchos. Ele conseguiu ainda, antes da decisão, distribuir cinco toneladas de pescado e 1,8 tonelada de farinha para pessoas de baixa renda.

Em nota, o Governo informou que as ações do Estado fazem parte de programas que atendem necessidades urgentes da população e ingressou na Justiça com recurso para esclarecer os fatos e retomar as entregas o mais breve possível.

“Protesto”

Um grupo de pessoas decidiu protestar contra a decisão judicial que impediu a distribuição de benesses, dirigindo-se à residência do ex-prefeito Adail Filho (Progressistas). Jogaram pedras e ovos no imóvel, chutaram os portões e gritaram palavras de ordem.

A coligação que apoia Keitton Pinheiro (Progressistas) afirmou que a ação foi orquestrada pelos adversários e contou com adesão apenas de cabos eleitorais.

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