Volto à carga sobre o reordenamento da saúde pública no nosso estado, tema exaustivamente debatido por setores da  imprensa, redes sociais e, pelo mais interessado que é o próprio usuário do SUS, para contraditar informações e sofismas emitidos pelo  governador e o secretário de saúde protagonistas da mais absurda mexida no sistema de saúde pública do Amazonas nos últimos vinte anos.

Já disse um político com vasta experiência no comando do estado, que governo que se preze somente mexe na saúde como última alternativa  para reduzir os gastos públicos em tempos de crise.

Os mais recentes dados sobre arrecadação de impostos pelo Amazonas desmentem categoricamente o governador quando este repete que a receita tributária do estado vem caindo. Pelo contrário, aumentou em alguns milhões o que permitia a exclusão da saúde do rol das atividades públicas a sofrer os cortes drásticos como foi feito, a ponto de não só inviabilizar o funcionamento do SUS como comprometer a estrutura de saúde municipal, esta despreparada para esse desmonte e de pernas quebradas e que assumirá toda carga de usuários abandonados à própria sorte pela SUSAM.

Porém, este não é o cerne da questão desse artigo.

Todos nós sabemos que as empreiteiras é quem definem os investimentos a serem aplicados pelos governos em todos os níveis, posto que estas, como sobejamente provado na operação lava a jato, financiam eleições, negociam com políticos e mandam e desmandam na destinação dos recursos públicos por parte dos gestores.

Ora, porque então cortar obras ou reduzir investimentos em infraestrutura contrariando as empreiteiras em suas gulodices sobre o erário já que as propinas pagas por estas para os políticos é generosa, se os governantes irresponsáveis podem meter a mão no orçamento da saúde onde essas mesmas propinas sobre serviços e até obras não rendem tanto?

Feliz estou por ver que a sociedade organizada e até alguns setores da imprensa e entidades civis se uniram e colocaram a boca no trombone diante desse descalabro conseguindo inclusive alguns recuos e esforços por parte do governo estadual na tentativa de explicar o inexplicável. Té logo!

Sds Ronaldo Derzy Amazonas