Consummatum est

Por Ronaldo Derzy Amazonas*

Havia na TV brasileira um narrador de corridas de carros que nas curvas e retas finais de um grande prêmio quando seu feeling já captava a vitória iminente de um determinado corredor dizia a seguinte frase: “Nããããooooo perde mais!”. Essas parecem ser as palavras que mais se encaixam nos cenários eleitorais local e nacional ao menos se levarmos em consideração as últimas, sucessivas e diferentes pesquisas de intenção de voto publicadas até aqui para este segundo turno.

Tantos não errariam tanto se tanto não fosse a diferença que afastam as candidaturas de Jair Bolsonaro de Haddad e Wilson Lima de Amazonino!

Nem quero nem entrar no mérito sobre defeitos ou virtudes, erros ou acertos dos contendores tampouco, se serão capazes de tocar seus mandatos em um país e em um estado com suas enormes dificuldades econômicas e seus desmazelos sociais visíveis.

O que parece importar nesse momento é a majoritária vontade popular de afastar do poder um governante e por no seu lugar o que consideram como novo no caso do nosso estado e, levar para o planalto, um político experiente no parlamento e impor derrota acachapante ao partido que por catorze anos governou o Brasil.

De todo modo, as candidaturas e grupos derrotados devem respeitar a vontade da maioria porquanto, Sua Excelência o eleitor, por meio do soberano exercício do voto, assim parece querer e que está se desenhando de forma inexorável.

Nessa mesma esteira de raciocínio, não temos como negar que esses ventos  de renovação que varrem a política brasileira imposta pelo eleitor defenestrando do poder dezenas de velhos e rodados governantes ou antigos e usados parlamentares, não encontra na história da política recente do nosso país nenhum parâmetro de comparação que impôs mais de 60% de renovação na Câmara Federal e mais de 80% no Senado da República.

Vida que segue afinal, o Brasil, o Amazonas e o povo, são bem maiores do que seus políticos e são sim merecedores de toda e quaisquer renovações que possibilitem mudanças de padrão de governabilidade e quebra de velhos e rançosos paradigmas políticos porque estamos cansados do mandonismo, da velha política, dos balcões de negócio, dos métodos tradicionais de governar e de se sustentar no poder onde impera e sempre prevalece o velho ditado popular: -Farinha pouca meu porão primeiro!

Té logo!

*O autor é farmacêutico e empresário