Na velha maneira de fazer Política, ouvimos dizer que ocorriam, na Política, negociações do tipo: atrair benefícios para determinados grupos, como a doação de terrenos, algum tipo de financiamento facilitado, obter concessões de rádios e TVs, ter tratamento especial perante a lei… Esses são apenas alguns tipos de barganhas, “acertos”, acordos e composições de interesse que costumavam (costumam!) ocorrer nos bastidores em épocas de campanhas eleitorais.
Em contrapartida a essa realidade, uma visão de Política que é exercida com legitimidade, do povo e para o povo, vem exatamente com a proposta de atender ao clamor da sociedade por uma política decente, ordeira, honesta, limpa, ética.
Assim sendo, entendo ser urgente a tarefa de contribuir para que o processo eleitoral não continue sendo margeado pela esperteza dos aproveitadores, a ganância dos poderosos, o continuísmo dos mesmos, os sofismas dos “espertos” e a tola submissão dos desavisados, que resultaram numa sociedade em desagregação que tolera coisas intoleráveis.
Como parte dessa contribuição, apresento aqui alguns conselhos, dicas, que considero fundamentais sobre o bom uso do voto.
- O seu voto é inegociável e intransferível. Com ele, você terá a oportunidade de expressar sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que você tem de seu País, Estado e Município.
- O eleitor deve pautar a sua consciência política nos princípios e valores da moral e da ética, apesar dos contextos sociais desafiadores vividos em nossos dias.
- Aqueles que exercem papel de liderança na sociedade (professores, líderes comunitários, sacerdotes, pastores…) têm obrigação de orientar os cidadãos sobre como votar com ética e discernimento. No entanto, a bem de sua credibilidade, o líder deve evitar transformar o processo de orientação política numa ação de manipulação e indução político-partidária. Observe que a diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza os diversos setores da sociedade impõe que sejam conduzidos processos com a devida organização, respeito e sabedoria visando o apoio aos candidatos ou partidos dentro do ambiente vivido, evitando o constrangimento dos eleitores (o que é criminoso) e zelando para evitar a manipulação da comunidade.
- Nenhum eleitor deve sentir-se obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se autodenominar defensor de causas A ou B. É preciso tomar cuidado para não votar em alguém que está apenas aproveitando a oportunidade, mas não tem compromisso político, quer apenas o mandato, um emprego. O eleitor deve observar se os candidatos são pessoas lúcidas e comprometidas com as causas da justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato queira eleger-se para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo. É mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais de uma instituição, organização, comunidade… Ao defender os direitos universais do homem e a democracia, o político estará exercendo com integridade seu mandato.
- Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor não deve jamais votar em um político só porque obteve a promessa de que, em assim fazendo, conseguiria alguns benefícios para seu grupo de interesse ou para si mesmo.
- Nesse processo de construção de valores políticos, devem ser observados os papéis com muita prudência. No âmbito político-partidário, ouça a opinião dos outros, principalmente daqueles que exercem liderança sobre você, como a palavra de alguém que, assim como você, é um cidadão. Analise seus argumentos e decida seu voto com base na sua consciência política.
Finalmente, quero considerar que precisamos estar atentos aos destinos da nossa sociedade e agir com maturidade, equilíbrio, mas, também com muita garra, sabendo que, nas próximas eleições, mais uma vez, vamos decidir o futuro da nossa cidade. Nós não podemos ser omissos muito menos errar nas escolhas.
Marcel Alexandre
Político e Líder Cristão
Marcel Alexandre, apóstolo do Ministério Internacional da Restauração, vereador em Manaus no segundo mandato e um dos maiores ativistas do twitter na cidade.
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