Com larga folha de serviços prestados ao esporte amazonense, inclusive como administrador do Vivaldão e da Arena da Amazônia, Ariovaldo Malízia parte aos 80

Ariovaldo Malizia, uma lenda do esporte local, partiu pouco antes da meia noite em casa, aos 80 anos. Preparador físico dos principais times amazonenses, ele também marcou época como gestor, chegando a administrar o antigo estádio Vivaldo Lima e a Arena da Amazônia, em períodos distintos.

Radicado no Amazonas há mais de cinco décadas, este paulista nascido em Presidente Venceslau chegou ao Estado nos idos de 1966, com 16 anos de idade. Veio passar férias na casa de um dos três irmãos que aqui residiam, apaixonou-se pela cidade e criou raízes. “Vim passar férias e, de maneira despretensiosa, acabei ficando. Me apaixonei pela cidade, larguei tudo em São Paulo e vim”, relembra.

Formou em Educação Física na antiga Universidade do Amazonas, hoje UFAM. A partir daí construiu a carreira. Foi atleta do futsal amazonense. Jogou pela União Desportiva Portuguesa, teve uma passagem muita rápida pelo Nacional e depois despontou no Bancrevea.

Mas foi no futebol de campo, não como atleta e sim como preparador físico, que construiu a maior parte da carreira. Começou na Rodoviária, passou pelo Nacional, pelo Fast e foi pro Oriente Médio, onde passou três anos na Arábia Saudita, a convite do técnico Rubens Minelli, tricampeão brasileiro com Inter-RS e São Paulo entre 1975 e 1977. Trabalhou na Seleção Olímpica árabe.

Depois do ciclo de três anos no mundo árabe, Malizia retornou ao Amazonas, onde preparou fisicamente várias equipes como Rio Negro, Nacional e Sul América, antes de ingressar na vida administrativa. Assumiu a diretoria técnica do Vivaldo Lima de 1995 até 2014. Viu nascer a Arena da Amazônia. Já no comando desta recebeu a Copa do Mundo. Também administrou por um período a Arena da Amazônia.

Após décadas de serviços prestados ao desporto amazonense, recebeu o título de Cidadão do Amazonas em 2016, por iniciativa da deputada Alessandra Campelo.

O corpo está sendo velado na Funerária Canaã, na Rua Major Gabriel, Salão n° 1. O sepultamento ocorrerá às 16h, no cemitério São João Batista.

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