Colaborador do blog vai ao show do Iron Maiden em SP e relata suas impressões

 

iron maiden

Em pleno sábado de Aleluia, o Iron Meiden incendiou o Allianz Parque, em São Paulo, com sucessos que marcaram a história da banda, como The Number of the Beast (666). Embora a música evocasse a personificação do mal, o vocalista Bruce Dickinson, 57, conduzia a platéia como um deus do heavy metal. O show, que estava marcado para 21h, mas começou com 25 minutos de atraso e encerrou, no Brasil, o ciclo de divulgação do álbum The Book of Souls, o mais novo trabalho de estúdio da banda britânica.

Dickinson iniciou o setlist com faixas do novo álbum, como Speed of Light, The Great Unknown, mas foram as canções antigas que enlouqueceram mais de 42 mil pessoas na Arena do Palmeiras. Quando a banda tocou The Tropper ninguém ficou parado. Fear of the Dark foi entoada praticamente em coro com a platéia.

O consultor imobiliário Eduardo Nakamura, 48, não  conteve o entusiamo de assistir ao seu primeiro show ao vivo do Iron. “Isso aqui é demais, cara!”. Nakamura, que disse ter morado em Manaus entre 1975 e 1977,  considerou válido os R$ 600 que pagou pela pista premium e falou com saudosismo sobre a capital amazonense. “Eu era criança e fui morar em Manaus porque meu pai foi trabalhar no aeroporto (Eduardo Gomes). Estudei no colégio Chistus. Ia muito à Ponta Negra”, relembrou.

A vitória de Dickinson

A turnê The Book of Souls representa uma vitória particular de Bruce Dickinson. O vocalista lutou contra – e venceu – um câncer na língua, diagnosticado em fevereiro de 2015. Menos de três meses depois já estava curado. A causa do câncer, segundo o próprio, foi o vírus HPV, adquirido pela prática de sexo oral. Vencido o câncer, foi hora de reunir os membros da banda, gravar um novo álbum e lançar turnê.

Dinossauros do Rock 

Fundado de 1975, o Iron Meiden fez 40 anos de estrada com a mesma vitalidade, embora os “tiozões” estejam todos para além dos 50 anos. Dickinson não para sequer um minuto no show, pulando, correndo, cantando, gritando e regendo a platéia como um grande maestro do som pesado. O baixista Steve Harris, 60, fundador da banda, é outro que exibe uma jovialidade impressionante nas apresentações, dedilhando seu baixo com técnica e agilidade espantosas. Nicko McBrain, 63, baterista, demonstra a mesma eficiência e sonoridade dos idos de 1980, ele que dos membros da banda faz mais jus ao termo jurássico por lembrar a figura de um tiranossauro Rex.  O Iron Meiden é das antigas, mas nunca é tarde para admirar esses caras.

Curiosidades

As turnês do Iron Meiden pelo mundo são levadas pelo Ed Force One, um boeing 747 400 jumbo, que transporta 12 toneladas de equipamentos, leva toda a produção, familiares a amigos da banda e é pilotado pelo próprio Bruce Dickinson.

Por Paulo Ricardo Oliveira, especial para o blog

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