Clonagem de cartões de banco vem ganhando força no Amazonas

A Delegacia Especializada em Crimes Contra Consumidor (Decon) registrou este ano um aumento seis vezes maior pela procura em registro de ocorrências. Um dos casos investigados pela Decon é o crime de clonagem de cartão, prática que vem ganhando força com o avanço da tecnologia e a mudança dos processos bancários que passaram a ser realizados eletronicamente por meio de smartphone ou notebook.Segundo o delegado titular da especializada, Eduardo Paixão, as mudanças nas formas de pagamento fizeram com que esse crime acontecesse com mais frequência. “Existe sim um aumento mais recorrente nos últimos quatro ou cinco anos por clonagem de cartão. Principalmente em compras on-line, infelizmente é um crime muito recorrente em que qualquer pessoa pode se tornar vítima. E também demonstra que as pessoas estão deixando de trabalhar com cheque e pagamentos em dinheiro para utilizar o cartão e gerando mais incidências de casos”, afirma.

Uma das práticas mais comuns adotadas pelos criminosos é o envio de mensagens não solicitadas, chamadas de spam, que contém vírus e podem acessar dados pessoais do computador ou celular remotamente. As empresas bancárias têm criado constantemente mecanismos de segurança para a defesa e proteção dos clientes, como as chaves de segurança solicitadas para liberar o acesso a conta e a dupla confirmação pra que as transferências bancárias sejam feitas pela internet.

O delegado Eduardo Paixão explica que a Decon é responsável apenas por aqueles crimes em que empresas bancárias estão envolvidas e lesam o direito do consumidor, que ainda não recebeu reparação.

Nesses casos, antes de fazer o boletim de ocorrência na Especializada, a vítima deve entrar em contato com o banco e pedir a retirada de cobrança indevida da fatura e anotar o protocolo de atendimento da reclamação. Caso a reparação não aconteça deve acionar o Banco Central, que é agência reguladora responsável por obrigar a empresa a resolver pendências do cliente. Se o problema ainda não for resolvido, a pessoa pode procurar a Decon para registro do B.O e, preferencialmente, em posse dos protocolos impressos para que a delegacia abra investigação. A reclamação deve ser registrada também no Procon para a resolução administrativa através de conciliação.

Manter atualizados os antivírus do celular e do computador ajuda a se proteger desse tipo de crime. Outra dica é não emprestar o aparelho com as senhas bancárias para desconhecidos, evitar realizar compras em sites não confiáveis, sempre fazer uma pesquisa prévia, manter contato com o gerente da sua agência bancária para conhecimento das atualizações feitas pelo banco de segurança da conta e cobrar ou preferir aquele banco que oferece maiores serviços de proteção.

Os consumidores vítimas de clonagem ou outros golpes em rede bancária podem denunciar as irregularidades pelos telefones (92) 99962-2731 e (92) 3214-2264. Denúncias também podem ser feitas pelo disque-denúncia 181 ou comparecer a especializada na rua Lima Bacuri, 504, Centro, anexo ao 24° DIP.

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