CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2016 MUITO ALÉM DE UM ATO ECUMÊNICO

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Quero ver o direito brotar como fonte e correr a  justiça qual riacho que não seca (Am 5,24).
Desde o ano de 1962 quando foi organizada pela primeira vez ainda como iniciativa local da Arquidiocese de Natal no Rio Grande de Norte e, a partir de 1964 quando ganhou caráter nacional, portanto há mais de cinquenta anos, a Campanha da Fraternidade (CF) evoca sempre a realização de um evento que tem por objetivo despertar na comunidade como um todo a discussão e a reflexão  para temas e apelos fortemente ligados às questões sociais, políticas, ecológicas e humanitárias.
Porém, somente no ano de 2000 foi que se adotou a iniciativa de realizar a primeira Campanha da Fraternidade de caráter ecumênico envolvendo então outras igrejas cristãs por meio do CONIC- Conselho Nacional das Igrejas Cristãs.
Agora, neste ano de 2016, estamos em plena realização da 4a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) cuja temática, mais uma vez, busca o sentido da conscientização por meio de um assunto relevante e de grande apelo social cujo lema diz: CASA COMUM, NOSSA RESPONSABILIDADE, chamando atenção  da comunidade e das autoridades constituídas para os graves e relevantes problemas relacionados com saneamento básico, qualidade e desperdício das águas, destinação correta do lixo, tratamento de esgotos, entre outros, os quais  nos atingem  a todos igualmente e, admoestando- nos para a perda da qualidade de vida e do comprometimento negativo do meio ambiente, levando-nos inapelavelmente a relacionar esse tema com a Encíclica do Papa Francisco Laudato si'(louvado sejas) tratado aqui em nossa estreia neste espaço, onde o Líder da Igreja Católica, chama atenção do povo, da comunidade científica e das autoridades mundiais para o cuidado que devemos ter com o uso irresponsável dos recursos naturais, obra de Deus, especialmente a Irmã Terra.
Ao se inspirar no versículo Bíblico do Livro de Amós: Quero ver o direito brotar como fonte e correr a  justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24), outra não foi a intenção que não a de cobrar das autoridades que respeitem os direitos básicos relacionadas com o bem estar da população.
Muitas serão as vidas perdidas, tantas serão  as doenças acarretadas, inúmeras serão  as graves consequências para a saúde humana, enquanto povo e autoridades cada um com seu papel a cumprir e agindo de modo egoísta  e omisso, permitirem e concorrerem para que os desastres ambientais, as tragédias climáticas e as endemias virais provocadas por vetores como o Aedes aegypti, continuem a nos atormentar e promover uma desabalada corrida planetária em busca das explicações científicas, tratamentos, vacinas e  despendendo recursos financeiros inestimáveis, quando o correto era investir em educação, prevenção e saneamento básico.
Que as igrejas cristãs envolvidas, os agentes públicos comprometidos e a população engajada nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, possam ir muito além  das propostas, das discussões e do tema impresso no papel e, no dizer do Papa Francisco, ser verdadeiramente uma ” Igreja em saída” ou ” Uma igreja que pisa na lama”  vendo, julgando e agindo na promoção de um mundo mais justo, fraterno, fecundo e com justiça social, a partir dos que têm mais, para e pelos mais pobres.
Té logo!
Sds Ronaldo Derzy Amazonas

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