Braga quebra o silêncio e diz que seus sucessores levaram a saúde do Estado à falência que hoje se constata

O senador Eduardo Braga (PMDB) quebrou o silêncio dos últimos dias e criticou duramente a paralisia do Governo do Estado diante da falência da saúde. “A verdade é que o nosso sistema de saúde do estado está falido. Não tem remédio nem médico”, declarou ele, em entrevista a um site de notícias local. “Veio dinheiro para contruir pelo menos dez UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), mas apenas uma foi concluída e esta eu deixei quase 80% pronta quando saí do governo, há quase sete anos”, acrescentou.

Ele lembrou a série de investimentos feitos na saúde durante os seus dois mandatos de governador, como a reforma e ampliação dos CAIMIs (Centros de Atenção ao Idoso) e dos CAICs (Centros de Atenção Integral à Criança), além da construção e modernização dos Serviços de Pronto Atendimento (SPAs), de Policlínicas e de prontos-socorros, como o Platão Araújo e o 28 de Agosto.

O senador lamentou que todo esse trabalho não tenha sido aperfeiçoado pelos seus sucessores no Governo do Amazonas. “Depois que saí, em 2010, até agora, em 2016, a unidade de saúde construída foi uma PPP (Parceria Público Privada), na Zona Norte de Manaus, cuja toda parte hospitalar continua fechada até hoje. Só funciona a parte ambulatorial. E o que nós tínhamos feito estão fechando”, disse.

Missão desafiadora  – Com 35 anos de carreira pública, Eduardo Braga apontou o cargo de prefeito como o mais difícil de ser exercido. “É ser um prestador de serviços 24 horas por dia do povo. O prefeito tem mesmo é que limpar a cidade, tapar os buracos, colocar transporte coletivo decente para o povo, garantir que tenhamos uma boa educação infantil e uma boa unidade básica de saúde”, explicou o parlamentar, que, entre 1994 e 1996, comandou a Prefeitura de Manaus.

Para cumprir essa missão e vencer todos os desafios administrativos que a capital amazonense apresenta, salientou Eduardo Braga, o prefeito precisa ter experiência, força jovem, capacidade agregadora e novas propostas. “E ter uma condição de poder discutir com o poder central brasileiro como apoiar de verdade as soluções no Amazonas”, acrescentou.

Qual Sua Opinião? Comente:

Deixe uma resposta