Bolsonaro na ONU: “É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade”

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) colocou na imprensa internacional a culpa pelas informações, segundo ele falsas, de que as queimadas estarias consumindo a Amazônia e afirmou que é falácia dizer que a região seria patrimônio da humanidade ou o pulmão do mundo. Ele ainda atacou o cacique Raoni e leu uma carta que seria de autoria de agricultores indígenas de Mato Grosso, em apoio à sua administração e ao seu discurso.

Bolsonaro ainda reafirmou que não fará mais demarcações de terras indígenas e ressaltou que existem muitas riquezas minerais em terras hoje demarcadas. E sem citar o presidente francês, Emmanuel Macron, fez questão de dar várias estocadas nele, citando que “uma grande nação acolheu o discurso de Raoni e tem reproduzido as mentiras sobre a Amazônia”.

“Nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental e permanece intocada. Prova de que somos um dos países que mais preserva o meio ambiente. Nessa época o clima seco e os ventos favorecem queimadas espontâneas e criminosas. Os ataques que sofremos por grande parte da mídia internacional devido aos focos de incêndio na região despertaram nosso patriotismo”, enfatizou o presidente.

“É uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, que ela é o pulmão do mundo”, acrescentou. E atacou as Organizações Não Governamentais, ao dizer que elas tratam os índios brasileiros “como verdadeiros homens das cavernas”.

Ele ainda afirmou que 61% do território brasileiro é preservado e que qualquer iniciativa no sentido de preservação da floresta nacional deverá respeitar a soberania do país.

No restante do discurso, que durou cerca de 30 minutos, ele se dedicou à ideologia de direita e a reforçar suas posições pró-Israel, pró-Estados Unidos e pró-evangélicos.

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